Na
verdade, a resposta mais coerente para o título deste artigo seria: um retorno às trevas, à ignorância, ao
obscurantismo e, até mesmo, às cavernas. Em outras palavras, ocorreria uma
evolução ao contrário, ou seja, retrocederíamos no processo de evolução que
levou milênios para se construir. Então, por que essa mesma sociedade que reconhece
a escola (são poucos), há os que a desprezam, juntamente com os seus
professores, que estão ali passando o seu máximo para construir conhecimento
perante um mundo onde a ignorância está ocupando espaço? É simples, existem
aqueles que têm medo do conhecimento, pois essa arma intelectual incomoda
muito, sobretudo, quem está acostumado com o topo do poder e jamais quer perdê-lo;
mas também existem os conformados, acomodados e contentes com a situação
vigente, em que quem domina o conhecimento determina o poder, outrossim, ser
mandado por alguém pelo resto da vida. Partindo desse pressuposto, é fundamental
conceber a importância dos professores e da escola no mundo hodierno. À luz da
reflexão, essa instituição secular liberta os indivíduos das amarras da ignorância
(obviamente, aqueles que queiram estudar), pois ler e escrever são ações que
tiram as pessoas do obscurantismo, das trevas intelectuais e impedirão que
retornemos às cavernas. Paralelamente, as escolas e o conhecimento colocarão no
topo da humanidade a Razão, a Ciência e o conhecimento e ao menosprezar as
escolas e, principalmente, os professores -naturalmente, os comprometidos com a
sua profissão-, estamos concordando com a corrupção que assola o país e
colaborando com a crise econômica, social e política. Se desvalorizamos os
professores (é claro, aqueles que buscam a sua formação continuada, se
atualizando para as constantes mudanças em todas as dimensões), estamos
aceitando os políticos caras de pau que temos, que roubam milhões e juram até a
morte que são inocentes. A priori, abdicar do conhecimento, é ter que ouvir
todos os dias notícias midiáticas discorrendo sobre envolvimento de políticos, que
a bem da verdade, deveriam nos representar, envolvidos com Operação Lava Jato,
é sabido: povo sem instrução é igual ao gado no pasto, vai para onde os seus
donos tocar. Considerações finais: Diante de tudo isso, e para evitar que políticos
corruptos perpetuem no poder, é primordial que a geração que está sentada nos
bancos escolares tome uma atitude e assume a sua responsabilidade como
estudante, absorvendo o conhecimento para lutar contra as mazelas da sociedade.
Não é fácil, pois se fosse seríamos um país com um percentual de pessoas com
curso superior razoável. No entanto, é fato, a nossa geração (nem
todos) que tem acima dos 40 anos, como este escritor, está fazendo a sua parte,
lutou contra o retorno da democracia, contra o Impeachment de Collor, e outras
tantas que assolaram a sociedade, para que os estudantes que se encontram no
espaço escolar (muitas vezes resistindo ao conhecimento), tivessem um dia uma
escola Pública Gratuita e de qualidade. Infelizmente, por razões múltiplas
muitos que estão naquele espaço não estão nem aí. Grosso modo, lutei bastante,
estou cansado, mas se for preciso aguento o batente, mas, e a geração que nos
substituirá? Segundo o Filósofo Mário
Sérgio Cortella: “O mundo que deixaremos para nossos filhos depende dos filhos
que deixaremos para o nosso mundo”. Tristemente, é assim, valoriza-se algo
somente ao perdê-lo.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
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