À
luz da reflexão, o mês de novembro de 2015 é o aniversário da República Brasileira,
proclamada no dia 15 de novembro de 1889, ou seja, 126 anos de um Governo com a
“participação do povo”. Será? Grosso modo, a etimologia da palavra tem origem no
Latim, quando Res= coisa e pública = governo
de todos, outrossim, um governo eleito pelo povo para trabalhar em prol da
nação. Sendo assim, parte-se do pressuposto de que a República está acima da Monarquia
Absolutista e dos Governos totalitários, pois esses não tinham intenção nenhuma
de repartir o poder com a nação. Dessa forma, foi por esse motivo que no dia 15
de novembro de 1889, entra em cena a República Brasileira, deixando 67 anos de
Império no passado. No entanto, após décadas, se percebe que a República
Brasileira ainda não está consolidada, sobretudo, se a coisa pública,
realmente, não se encontra nas mãos de todos e, sim, de uma minoria, os donos
do poder, quiçá direcionando para a corrupção e usurpação dos poderes das mãos
do povo brasileiro. Ao longo desses anos tivemos avanços e retrocessos durante
a nossa República. Sendo assim, essa ainda é a melhor forma de governo? A
priori, é preciso relativizar, pois a forma de governo é de suma importância, desde
que nos bastidores existam seres humanos que trabalhem para a nação e, não,
para satisfazer as próprias vontades. O que está em questão não é simplesmente
escolher a República ou a Monarquia, diga-se de passagem, temos o exemplo da
Inglaterra que é uma Monarquia absoluta. Aparentemente, funciona muito bem,
contrapondo ao nosso país que, nas últimas décadas, está sendo assolado por
corrupção em todas as dimensões, envergonhando a dignidade do povo e usurpando
a riqueza da nação, elemento em potencial para uma qualidade de vida, pois a
corrupção é a chaga de um país, sugando os investimentos em educação pública,
saúde, segurança, entre outras ações, direcionadas para uma vida digna. Considerações
finais: O que mais chama a atenção é que as mazelas políticas, sociais e
econômicas naturalizaram em nossa pátria amada, passando a sensação de que as
pessoas assistem ao espetáculo como se nada estivesse acontecendo.
Analogicamente falando, sistematizar-se-á essa situação nas palavras de Lima
Barreto na transição da Monarquia para a República em 1889: “O Brasil não tem
povo e sim público”, isto é, assistem o show da arquibancada, “Bestializados”.
Será que Lima Barreto tinha razão, perante a corrupção que assola o Brasil e a
sua naturalização? Não obstante a forma de governo, seja ela Monarquia ou
República, a nação e o povo antecedem a vontade dos donos do poder e, por
incrível que pareça, a Revolução começa pelo povo. Portanto, onde está o povo?
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Bauru/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
https://twitter.com/albertomarques3
Blog:
http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
Blog:
http://albertoviajandonahistoria.blogspot.com.br/
Facebook:
http://www.facebook.com/home.php
Cidade: Hortolândia/SP.