Diga-se
de passagem, uma sociedade que se cala perante as mazelas que assolam a
educação formal no país, é conivente com a corrupção política e falta de
valores que imperam na contemporaneidade. Por outro lado, um estudante que se
nega a estudar, é conivente com a baixa qualidade da educação em nosso país, pois
com essa ação, além de atrapalhar todo o processo educacional no contexto
escolar, contribui para o analfabetismo funcional. Nesse sentido, pais ou
responsáveis que não acompanham o desenvolvimento educacional do seu filho, não
intervêm na incivilidade e na indisciplina escolar, são coniventes pela falta
de educação que impera entre os adolescentes e jovens. Naturalmente, um Estado
(Governo) omisso com as suas responsabilidades contribuirá para o fracasso da
educação e todas as instituições de um país. Mas também, se uma escola, juntamente com a
sua equipe, fecharem os olhos para as mazelas que os discentes estão fazendo no
interior do espaço escolar, com certeza, estar-se-ão contribuindo para a
proliferação de estudantes deseducados em todas as dimensões, que reluzirá em
uma quantia significativa de jovens delinquentes e violentos. Partindo desse
pressuposto, se está em questão a educação formal e a informal em nosso país,
não resta dúvida, impera a conivência da sociedade em geral, contribuindo para
a naturalização das mazelas em suas múltiplas dimensões. Ao
presenciarmos/vivenciarmos atos violentos, incivilidade juvenil, indisciplinas,
a falta de valores, entre outras atitudes que tiram a dignidade humana,
questionamos com veemência. Por que isso ocorre? De quem é a responsabilidade?
A priori, é de fundamental importância conceber que essa ação não é uma
exclusividade do Brasil, isto é, essa ocorrência está se naturalizando. Na
verdade, sob a tutela e conivência da sociedade, cujos valores se alicerçam em
três instituições básicas: Estado, Família e Escola. Em outras palavras, se uma
Instância abdica de sua responsabilidade, todos em geral pagam um preço muito alto
como a violência, a incivilidade juvenil, indisciplina e a falta de valores. À
luz da reflexão, todas as civilizações que sucumbiram ao longo da história da
humanidade, tiveram problemas em aceitar as normas e regras para civilizar a
sociedade. Não é aqui pretensão, instaurar um saudosismo ao autoritarismo, nem pensar!
No entanto, parafraseando o Filósofo, Cortella, é preciso impor uma
normatização nas ações da sociedade, em outras palavras: [...] é preciso um
equilíbrio entre o que eu posso, o que eu quero e o que eu devo fazer. Considerações finais: Enfim, uma
sociedade conivente com as mazelas que assolam o seu povo, principalmente, a
instituição escolar, estará fadada a sofrer essa própria ação na pele. Grosso modo, a conivência institucionalizada, contribuirá
para a permanência de políticos corruptos, analfabetismo funcional, a
incivilidade juvenil, a indisciplina, a violência e a falta de valores,
direcionando para um caos sem precedentes. A moralização da sociedade é um alinhamento
entre a Família, a Escola e o Estado em todas
as dimensões, caso contrário, enfrentaremos o retrocesso, ou melhor, a
desumanização.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação –
UNICID/SP.
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