“Sempre
acreditei na Justiça do meu País”. Eis são as palavras de Aécio Neves-Senador
da República, flagrado e denunciado por corrupção passiva, em que exigia
dinheiro dos empresários da JBS. Frente ao fato, pode-se afirmar que estamos
vivenciando o lado mais esdrúxulo da política brasileira, sobretudo, diante da
decisão do Ministro Marco Aurélio Mello, em permitir que o mesmo retornasse ao
seu cargo de Parlamentar, e mais, para representar o povo. Nas palavras do Ministro Marco Aurélio: “Mandato
parlamentar é coisa séria e não se mexe, impunemente, em suas prerrogativas”. Concordo
plenamente, porém com algumas ressalvas. Se o mandato do Parlamentar é coisa
séria, porque o mesmo empossado com o poder dos cidadãos, não aproveita das
prerrogativas (as vantagens que o povo a ele concedeu), e representa esta nação
cansada de corrupção? Caro Ministro,
ações dessa envergadura só corrobora para que a nação desacredite na justiça em
nosso país, pelos brasileiros e até mesmo pelos olhares externos. Grosso modo,
a nação brasileira está virando chacota no exterior quando está em questão a
corrupção e a vitalidade desses corruptos no poder, ou seja, o Brasil está
formando uma casta de pessoas acima da lei. Diga-se de passagem, um dos
argumentos do Ministro para a realocação do Senador a seu cargo foi: “[...] que
os delitos supostamente praticados por Aécio não estão entre os considerados
como inafiançáveis, como tortura, tráfico e entorpecentes, terrorismo e crimes
hediondos, [...]”. Todavia, analisando a justiça em nosso país será que esses
delitos se tornariam punitivos, caso praticados pelos donos do poder? Em outras
palavras, se os políticos não torturam como na Ditadura Militar (1964-1985), não
praticam tráfico de entorpecentes, etc., então podem usurpar o dinheiro público
e saírem ilesos? As ações envolvendo corrupção é sim atitudes terroristas, pois
estão destruindo os país nas categorias educação, saúde, segurança e tudo mais
direcionado para uma qualidade de vida de um país que figura entre as 10
potências econômicas do planeta. A priori, o que ouvimos nesta sexta-feira dia
30/06/2017, sobre a decisão do Ministro do STF é vergonhoso, e mais, como
explicar para a sociedade e os meus alunos que no Brasil a Justiça é imparcial.
Como convencê-los de que vivemos em um país democrático? Ou melhor,
convencê-los de que o Brasil é um país de todos? Considerações finais: Um dia nos bastidores do lar, junto com a esposa,
discorri que ainda era muito prematuro acreditar que o parlamentar citado acima
iria pagar pelos crimes cometidos. Hoje, (30/06/2017), novamente abordamos o
assunto, não somente eu, mas milhões de brasileiros, e infelizmente, é isso que
estamos presenciando, a destruição do nosso país em todas as dimensões. Ah...
referente à frase do então Senador Aécio Neves com os dizeres: “Sempre
acreditei na Justiça do meu País”, causa desânimo a mim e a milhões de
brasileiros, mesmo que ínfima, tínhamos um fundo de esperança na Justiça
brasileira. No entanto, hoje, essa notícia fez este escritor e os demais
brasileiros perderem a esperança. Que país é este???!!!???
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela
Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente
Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade
Federal de São Carlos. Em andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da
Informação – UNICID/SP.
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