Novamente,
a Educação Básica Brasileira, passa por uma restruturação sistêmica, “A Reforma
do Ensino Médio”. Segundo os governantes e alguns especialistas em educação, uma
ação necessária para atender as demandas da nova geração. Entretanto, como
atender as demandas de uma geração, diga-se de passagem, uma parcela razoável
desses sujeitos que está nos bancos escolares não quer saber de estudar? Talvez,
aí esteja a resposta para essa complexidade. Obviamente, o currículo do Ensino
Médio em suas múltiplas dimensões, precisa de reformulações para alinhar com as
demandas da sociedade tecnológica e informatizada. Contudo, reestruturar a
grade curricular dessa última etapa de ensino da Educação Básica, é muita responsabilidade,
não só dos governantes, mas também da sociedade. Outrossim, é preciso investimentos
em infraestrutura, formação e contratações dos profissionais para atuarem nessa
modalidade. Por outro lado, reformar somente o Ensino Médio contribuirá para o
prosseguimento dos estudos? E as universidades ficarão intactas em sua
estrutura? Concebe-se, mudanças no Ensino Médio Público para os alunos da
classe trabalhadora, perante uma Universidade Pública de qualidade para os filhos
dos donos do poder. Partindo desse
pressuposto, percebe-se que a inclusão dos jovens, de acordo com a sua vocação
ou um ensino técnico, encontrará obstáculos na exclusão ao tentar adentrar às
universidades públicas, ainda mais pelo conteúdo exigido, pois o que se cobra é
a excelência acadêmica e muito estudo para se ingressar e permanecer nessas
instituições e sair com qualidade. Assim, existem algumas precauções em
reformar somente uma etapa educacional, neste caso o Ensino Médio, do contrário,
corre-se o risco da exclusão dos alunos dessa categoria nos vestibulares. Considerações finais: À luz da
reflexão, não é aqui pretensão que as Universidades baixem o seu nível, mesmo
porque caracteriza nivelamento por baixo, essa reforma só terá eficácia, se tal
ação estiver alinhada com as mudanças das universidades, mas sem nivelar por
baixo. Enfim, eis o grande paradoxo da educação pública no Brasil: A reforma do
Ensino Médio poderá não contribuir para que os estudantes consigam entrar nas
Universidades. Em contrapartida, essa modalidade de ensino, da forma em que se
encontra estruturada, consegue colocar alunos nas instituições de ensino
superior? Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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