Inicia-se
este artigo com uma inquietação: Por que existem pessoas como João de deus?
Essa inquietação está articulada à perplexidade, mediante as notícias
envolvendo o Médium João de deus, vivenciadas ultimamente, pelo Brasil e pelo
mundo. A priori, tecer-se-á algumas considerações sobre o porquê de existirem pessoas
dessa natureza. Outrossim, a construção de “mitos” como João de deus, ocorre em
cima do sofrimento das pessoas, em que charlatões abusam e aproveitam, segundo
a concepção dos envolvidos, de moléstias incuráveis, do desespero pela cura e
da ingenuidade e simplicidade de alguns. Ademais, o charlatanismo opera nas falhas da
Ciência, sobretudo, se buscam cura em métodos metafísicos (ações além da
física). À luz da reflexão, somente existem pessoas como João de deus, pelo
fato também de viver-se em uma sociedade da informação, mas com pouca
informação por parte da maioria das pessoas, em outras palavras, acessar dados,
informações e transformá-las em conhecimento, na Contemporaneidade pode até
salvar vidas. Não menos importante, por trás do fenômeno João de deus está o
FANATISMO metafísico, cujas pessoas se trancafiam no interior de uma caverna e
acreditam que a única fonte da verdade é aquela construída pelo seu próprio fanatismo.
Longe aqui, transferir culpa ou responsabilizar as vítimas, e tampouco, fazer generalizações
com os envolvidos, pois as pessoas no momento da fragilidade acabam, deixando-se
levar pela a enganação. No entanto, conforme o Francês René Descarte: “A dúvida
é o princípio da produção do conhecimento”, logo negar alguns fatos, pode até
salvar pessoas. Nesse sentido, todos os indivíduos participantes de ações
metafísicas (além do mundo material), são charlatões? Não é essa a linha de
pensamento de este escritor de artigos de opinião, porém é um elemento, sim, em
potencial. Por outro lado, alguns leitores insistentes tecerão julgamentos
sumários sobre a linha de raciocínio deste artigo, direcionando considerações de
que charlatões existem em todas as áreas, tais como na Engenharia, Advocacia,
Política, entre outras. Concordo plenamente, e refutar essa afirmação seria
ingenuidade e falta de conhecimento deste escritor, contudo se os charlatanistas
aproveitam do sofrimento alheio, que seja inconcebível o perdão; pois os
sujeitos que os procuraram, confiaram a eles o motivo dos seus desesperos. A
bem da verdade, ao se buscar a cura no mundo metafísico e em suas múltiplas
dimensões, é porque já se esgotou todas as possibilidades e alternativas, ou
seja, desesperadas e/ou desenganados. Considerações
finais: Encerrando essa linha de raciocínio, nunca se produziu tanta informação
como na atualidade, porém vive-se em uma escassez de conhecimento. Diga-se de
passagem, fundaram-se diversas religiões e Credos, porquanto foi-se
distanciando em muitas situações do Senhor Deus, em busca de milagres
materialistas propagados por pessoas pagãs. Por quê? É simples... e buscar-se-á
uma linha de pensamento na alegoria do Mito
da Caverna de Platão: Segundo esse estudioso grego, viviam-se no interior
de uma caverna pessoas acorrentadas e uma fogueira, esses indivíduos conheciam
o mundo somente através das sombras produzidas pela fogueira, acreditando que
aquelas imagens eram reais. Um certo dia um prisioneiro desacorrentou-se e saiu
da caverna, conhecendo o mundo real. Diante desse fato o mesmo voltou-se para a
caverna contando para o demais o que tinha visto do lado de fora. O que
aconteceu? Ele foi morto pelos acorrentados. Talvez essa alegoria, explica
porque muitas vítimas demoraram tanto tempo para denunciar as atrocidades, as
pessoas não iriam acreditar, isto é, o denunciante poderia até pagar com a
própria vida. Moral da História: precisamos de nos desacorrentar do mundo das
sombras, é preciso acreditar no Criador DEUS, na Ciência, nas pessoas, e por
fim utilizar o Pensamento de René Descartes, quando a dúvida é o princípio do
conhecimento. Caso contrário, João de deus não será o primeiro e nem o último.
Acorda Brasil!!!
Alberto Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
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