Inicialmente,
após analisar um texto do escritor Claudio de Moura Castro publicado na Revista
semanal Veja, resolvi discorrer e tecer algumas considerações sobre o artigo
intitulado de: “Professores ganham mal?”, em que o escritor emitiu algumas ideias
infundadas e desconexas sobre o contexto o qual os docentes trabalham. Naturalmente,
que o mesmo frequentou uma escola de educação básica para adentrar no curso
superior, porquanto, deve ter frequentado no mínimo as escolas privadas de
excelência, em que o público ali presente fazia parte de uma elite de
brasileiros privilegiados. A priori, digníssimo escritor, antes de expressar considerações
sobre determinado fato, é de fundamental importância, conhecer e vivenciá-lo e,
ainda apropriar-se do mesmo, em outras palavras, para tomar partido e assumir
uma posição em torno de uma questão, seja ela positiva ou negativa, é relevante
tê-lo vivenciado em todas as suas dimensões. Assim, as pessoas mais apropriadas
para discorrer sobre a educação formal pública, são os professores que ali
estão, da mesma forma que para tecer opinião sobre economia nada mais adequado
do que um economista. Todavia, o economista Claudio de Mora e Castro, a bem da
verdade, economista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, com
mestrado em Yale nos Estados Unidos e Doutorado pela Universidade Vanderbilt, também
nos Estados Unidos, não seria uma pessoa com experiência e credibilidade para explanar
sobre a educação, e mais, fazer deboche a respeito dos salários dos professores,
propagando que os mesmos não ganham mal. À luz da reflexão, é ingenuidade do
escritor, diga-se de passagem, esconde atrás de um editorial de uma Revista
conceituada como a Veja, para não querer reconhecer a realidade educacional
pública em solo brasileiro. Por outro lado, é sarcástico dizer que os
professores oneram os cofres públicos, através das férias anuais e outros
benefícios concebidos a esses profissionais. Será que esse cidadão graduado e pós-graduado
nas melhores Universidades do Planeta, conhece a realidade educacional em nosso
país, ou a presencia, por intermédio, do mascaramento midiático? Será que o próprio
sabe quão altíssimo são os salários dos nossos representantes do Executivo,
Legislativo e Judiciário, que permanecem em Brasília usurpando os cofres
públicos? Será que esse economista Doutor sabe quanto é o salário de um
professor da escola pública no Brasil? Considerações
finais: Caríssimo Economista e Doutor, obviamente, existe dentro dessa
profissão aqueles que deixam a desejar, porém, isso não é exclusividade da
educação, existe também na política, na advocacia, e em todas as categorias
profissionais, ah... inclusive na economia. Generalizar comprova a ingenuidade
de um profissional que passou por todas as etapas do conhecimento até se tornar
um Doutor. Além do mais, se torna necessário, retomar as aulas de economia na academia,
pois ao colocar na ponta do lápis o quanto os professores oneram os cofres
públicos, conceberá que é muito menos do que os salários dos políticos corruptos.
Reflexão: Dizem que quanto mais um indivíduo
estuda, mais conhecimento e sabedoria adquiri, elevando e aprimorando a sua
linha de raciocínio, evitando, com isso, opiniões infundadas. Será? Aliás, a
indignação de este escritor repousa no fato de possuir o livro: “Os tortuosos
caminhos da educação brasileira”, criação do autor em discussão, ou seja, Claudio
de Moura Castro. Na obra, profere que a Educação deve ser baseada em evidências
e pesquisas e, não em palpites; no entanto, o seu artigo está recheado de palpites.
Não causa estranhamento e, paralelamente, é contraditório? Ao invés de tecer
críticas aos professores, qual a sua contribuição, mediante ao caos, pelo qual
a educação pública atravessa, por falta de investimento do poder público?
Educação formal pública de qualidade não se faz nos bastidores da política e
dos estudiosos sobre educação, essa ação é realizada no dia a dia, no chão da
sala de aula pelos professores, independente dos seus salários. Sabe o porquê:
Amamos o que fazemos. Acorda Brasil!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação –
UNICID/SP.
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter:
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Blog:
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Cidade:
Hortolândia/SP.
Infelizmente publicações como essa contribuem para criar um inconsciente coletivo, fazendo que muitos acreditem que o problema da educação brasileira é somente de responsabilidade dos profissionais da educação, desviando o foco da ausência de políticas pública. Isso é lamentável e em nada contribui para superar a situação atual.
ResponderExcluirAff lamentável estamos esgotados mas estamos na luta quem pode dizer são os gerenciadores, não pode. Jogar para nós a responsabilidade de dizer o que está errado pq sabem o que está errado e não somos nós trabalhadores que vamos dizer simplesmente temos que trabalhar e realizar nisso trabalho dignamente
ResponderExcluirAff lamentável estamos esgotados mas estamos na luta quem pode dizer são os gerenciadores, não pode. Jogar para nós a responsabilidade de dizer o que está errado pq sabem o que está errado e não somos nós trabalhadores que vamos dizer simplesmente temos que trabalhar e realizar nisso trabalho dignamente
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