Quais as lições que a COVID-19 nos revelou
e continua revelando, e que há de pensar/repensar a respeito dessas ações para
o século XXI, sobretudo, do ponto de vista Político, Econômico, Social, Cultural
e Educacional? Obviamente, que as mazelas negativas resultantes desta doença,
superam qualquer perspectiva de sobrevivência da humanidade, porém em muitas
situações, o sofrimento e o caos ajudam experienciar novos e bons caminhos,
pois não podemos retroceder. Diante desse fato, foi possível na POLÍTICA,
concebermos quão nossos políticos (representantes do povo), estão mais
preocupados com as suas siglas partidárias e os volumosos salários, do que
realmente combater a doença que abateu VIDAS/FAMÍLIAS. Na verdade, SERES
HUMANOS, que esses “representantes do povo” optaram por briguinhas
partidárias em detrimento de reconhecer o perigo eminente da COVID-19. O
que a PANDEMIA fez enxergar sobre a nossa situação ECONÔMICA? A
priori, mostrou a fragilidade da nossa economia, em que milhares de pessoas
perderam os seus empregos, ficando dependente da ajuda governamental para
sobreviver. No entanto, no quesito SOCIAL, demonstrou a
SOLIDAREIEDADE. Ressalta-se que na relação EDUCACIONAL entre a ESCOLA
e a FAMÍLA, demonstrou o que estava na entrelinha, com pais e responsáveis
dizendo que não aguentavam mais os filhos em casa. Por quê? Devido a
propriedade que tenho para tecer algumas considerações, discorrerei
minuciosamente sobre a Educação Formal. A COVID-19 evidenciou a
fragilidade das escolas (maioria) em nosso país, apontou um sistema sucateado e
que carece de investimentos nos aspectos tecnológicos, nos salariais, em formações,
entre outros de suma importância para uma educação de qualidade. Grosso modo, insumos
financeiros em educação de qualidade é algo que este escritor sempre defendeu e
teve as suas ideias refutadas sobre investimentos e formação tecnológica. Assim,
fomos pegos de surpresa, e apenas em um toque de mágica, os professores e todos
os gestores tiveram que se reinventar do dia para noite para suprir as
necessidades dos alunos, e acreditem, em muitas situações das famílias. Quando
direcionamos para os alunos, descobrir-se-á, que muitos não seriam NATIVOS
DIGITAIS, propagandeado pelas mídias e alguns estudiosos que conheciam o chão
da sala de aula pela mídia sensacionalista, tecendo considerações infundadas. A
COVID-19 revelou que boa parte dos estudantes que tinha acesso, não sabia
ligar/desligar os aparelhos tecnológicos e, ainda, ao se colocar na pauta a educação
formal em geral, descobriu que um número razoável de alunos não conseguiu
acesso, ou por falta da INTERNET ou pelos aparelhos não adequados
(obsoletos). No lado alinhado com as COMPETÊNCIAS E HABILIDADES, percebeu-se
a fragilidade de uma parcela dos educandos em questões básicas de aprendizagem ao
manusear as Plataformas Digitais. Por quê? A escola da realidade brasileira foi
construída e alicerçada sobre a escassez de investimento em todas dimensões
(estrutura material e humana). Por outro lado, uma grande parte da sociedade vê
na escola somente a função social, enquanto a acadêmica fica para o segundo
plano, sem falar em um montante de alunos que querem as coisas prontas com o
mínimo esforço cognitivo para construir o conhecimento. Sempre foi assim, e
permanecerá? Uma escola consumista de conteúdos em detrimento de alunos produtores
do conhecimento? Em se tratando da CULTURA,
a COVID-19 nos direcionou para uma avalanche de desinformação POLÍTICA,
ECONÔMICA, SOCIAL, CULTURAL e EDUCACIONAL, denominação conhecida como FAKE
NEWS. Considerações Finais:
Todo o teor deste artigo de opinião caminhou para uma analogia com o Livro: 21
Lições Para o Século XXI, do autor Israelense – Yuval Noah Harari, em que
este Historiador discorre: “Num mundo inundado de informações irrelevantes,
clareza é poder”. Outrossim, faltou e ainda falta clareza e esclarecimento
para a população, referente à PANDEMIA nos aspectos POLÍTICOS,
ECONÔMICOS, SOCIAIS, CULTURAIS e EDUCACIONAIS, deixando à mercê de falácias
políticas e partidárias de PESSOAS DESINFORMADAS. Prosseguindo com a
linha de pensamento do estudioso Harari, ele lança questionamentos que devemos
levar em considerações como: O que está acontecendo neste momento? Quais são os
maiores desafios e escolhas de hoje? Qual deve ser o foco de nossa atenção? O
que se deve ensinar aos nossos filhos? Grosso modo, a COVID-19 manifestou
um remédio amargo, ou seja, conhecer o nosso país em todas as minúcias e
peculiaridades, esperar-se-á que aprendamos a lição, que as vidas perecidas,
por essa mazela, não sejam em vão e que tiremos lições para o enfrentamento do
século XXI. Enfim, com clareza, com direcionamento, e, sobretudo com
investimento em educação alcançar-se-á o desenvolvimento em todas as dimensões
em nosso país. ACORDA BRASIL!!!
Alberto Alves
Marques
Profissão: Professor
Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo
e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura Plena em
História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Cidade:
Hortolândia/SP.