Não
é de hoje que a evasão escolar é o calcanhar de Aquiles da educação formal em
nosso país, essa problemática deixa os nossos governantes de cabelo em pé,
fazendo com que criem Programas assistencialistas para a permanência dos alunos
nas escolas, o Programa “Bolsa Família”, é um deles. Contudo, essa ação não
está surtindo efeito de imediato, pois segundo a PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento), um em cada
quatro alunos que iniciam a primeira série da Educação Básica em solo
brasileiro, abandona os estudos antes de completar a última série, o Ensino
Médio, matéria-prima para inserir alunos nos cursos superiores e futuramente no
mercado de trabalho. Em outras palavras, a cada dez 1ªs séries do Ensino
Fundamental-I, quatro chegam ao último ano do Ensino Médio. O que faz com que a
maioria desses estudantes abandone as unidades escolares antes do tempo?
Infelizmente, ainda não encontraram as respostas, porém, existem muitas
especulações simplistas, reducionistas e sem fundamentação. Para alguns
especialistas, o abandono das escolas está relacionado com a inserção dos
jovens no mercado de trabalho para complemento da renda familiar. Provavelmente,
existe um pouco de inverdade nessa afirmação. Se esses jovens estão no mercado
de trabalho porque, constantemente, observa-se uma parcela deles em frente ao
portão dessas escolas que eles abandonaram ou soltando pipas o dia todo?
Estranho, não? Além desses estudos, existem aqueles que afirmam com propriedade
que o Currículo escolar não é atraente para os estudantes do século XXI,
fazendo-os perder o estímulo pela educação formal. Essa afirmação deveria ser
trocada por uma pergunta: que tipo de currículo seria ideal para muitos jovens
que estão sentados nos bancos escolares, totalmente alienados e
desinteressados, ou seja, estão ali de corpo presente? Que Currículo seria o
ideal para formar cidadãos com valores, excelência acadêmica e profissional com
Competências e Habilidades no mundo tecnológico, competitivo e excludente?
Todavia, proliferam mais falácias do que soluções para o problema, entretanto, pode-se
afirmar com certeza, o primeiro passo é a valorização da escola por todos, a
começar pelos alunos, estudar é uma questão cultural, e aproveitando para
divulgar alguns dados de extrema importância, entre as 15 melhores
Universidades do planeta, a maioria está nos Estados Unidos, lá eles valorizam
a educação como patrimônio da humanidade. Considerações finais: O problema da
educação em nosso país está relacionado com a cultura do querer as coisas
fáceis, rápidas e esperar que alguém as faça por mim. Ao invés de estudar e
mostrar a capacidade intelectual, muitos preferem comprar um cartucho, ou pagar
as mensalidades de uma Instituição de qualidade duvidosa, como se conhecimento
encontra na primeira banca de jornal na esquina. Estudar requer dedicação,
interesse, responsabilidade e, sobretudo, uma cultura de valorização do
conhecimento, algo escasso em um país igual ao nosso, que precisa importar
tecnologia de ponta dos países que têm as melhores Universidades. Diante de
toda essa situação, cabe uma inquietação: Com a qualidade da educação formal de
alguns alunos que terminam a Educação Básica, cabem várias indagações: qual é a
maior preocupação, os que estão evadindo, ou os que estão ficando até a conclusão
da Educação Básica?
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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