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sábado, 16 de abril de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: UMA VISÃO SOCIOLÓGICA SOBRE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO

 

 Durante boa parte exercendo a cátedra de Professor, procurei deixar claro para os estudantes, a diferença entre Revolução (transformações radicais e reais) e Reformas/Revoltas (mudanças superficiais sem transformações profundas). Grosso modo, busquei uma analogia entre Revolução e Revolta para uma compreensão interdimensional e sociológica sobre a Reforma do Ensino Médio, consolidada pela Lei 13.415/2017, em vigor nas escolas a partir do ano 2022. A princípio, essa Lei objetiva (pelo menos na teoria) amenizar os problemas enfrentados nessa última etapa da Educação Básica, sobretudo, as relacionadas com o abandono dos estudos, saída dos jovens para o mercado de trabalho, desinteresse dos estudantes, falta de professores, entre outros fatores que fazem os jovens abandonarem a escola, evitando assim a evasão escolar. Norteando a linha de raciocínio nas informações do Ministério da Educação, aproximadamente quase 2 milhões de jovens público-alvo dessa modalidade estão fora da escola. A priori, todas essas situações reluzem nessa etapa da Educação Básica, configurando em indicadores insatisfatórios nas avaliações internas e externas, fatores que também contribuíram com a Reforma. Diga-se de passagem, dentre as ações da reforma ocorreu o aumento da carga horária do Ensino Médio, ou seja, os três anos de estudos passaram para 3.000 horas, dedicando 1800 horas para a BNCC- Base Nacional Comum Curricular e 1.200 horas para os IF-Itinerários Formativos, uma categoria alinhada com o aprofundamento de conteúdos das áreas de Conhecimento, em algumas situações voltada para a formação técnica. Diante desse fato, algumas Disciplinas da Base Nacional Comum cederam lugares para os Itinerários Formativos, ficando a obrigatoriedade durante toda a Etapa do Ensino Médio as Disciplina de Língua Portuguesa e Matemática, além da possibilidade de a Língua Inglesa perpassar uma das etapas dessa modalidade de ensino. Grosso modo, uma visão superficial da Reforma, é uma maravilha, acima de tudo, visto que essa etapa da educação não está alinhada com as demandas da sociedade tecnológica e complexa, ou seja, estamos formando jovens para adentrar em um mundo desconhecido e com muitas profissões novas e desafiadoras, outrossim, precisamos de uma educação formal que direcionem para as demandas do saber fazer, colocar a mão na massa, do protagonismo dos jovens, da autonomia em uma sociedade digital em constante transformação, obviamente, para o desenvolvimento do país, necessitamos de jovens criadores, e não repetidores de fórmulas prontas. À luz da exemplificação, a Reforma do Ensino Médio foi implantada este ano (2022), outrossim, do ponto de vista de transformações positivas, um fiasco educacional até o momento? Por quê? Ressaltando a minha linha de raciocínio citada acima, quando se trata de Reformas e não uma Revolução, em qualquer instituição ou Lei, as coisas caminham para a inércia, a bem da verdade, sempre quando está em questão a educação formal no Brasil, fizeram e fazem remendos, tapando buracos que perpassam por longos anos e séculos, essa Lei é mais uma entre tantas.   Considerações Finais: Todavia, quando se almeja sucesso no Ensino Médio, a ação deveria ser uma Revolução nessa etapa, e não tapar buracos remendando essa modalidade de ensino para dizer que está investindo na educação em todas as dimensões. Mas como seria uma Revolução no Ensino Médio? A bem da verdade, deveria começar com estudos profundos para debater a Legislação de acordo com a realidade vigente e com especialistas que conhecem o chão da sala de aula (conhecimento técnico). Seria necessário investimentos materiais, aplicações na carreira para atrair mais docentes às salas de aula, formação dos professores atendendo as demandas tecnológicas de uma sociedade digital, professores com conhecimento técnico na área de atuação. Essa “REFORMA” simplista, não mudou as carências do Ensino Médio (ao contrário, trouxe mais problemas), continuam as faltas de professores, fazendo com que os estudantes fiquem sem as aulas do Itinerário Formativo, e o mais agravante, também sem as aulas que foram retiradas para a implantação desses remendos. Uma reflexão: Em toda a história da Humanidade concebemos que foram as Revoluções que trouxeram transformações profundas e consolidadas, e não os remendos. Todas as reformas, seguiram passos curtos, fadadas ao fracasso. Acorda Brasil!!!

Alberto Alves Marques                                                 

Profissão: Professor Coordenador Geral na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Pós-Graduado em Ciências de Dados e Big Data. Cursando Mestrado Internacional na Área Educacional.

Cidade: Hortolândia/SP.