Este é o espaço para você tecer algumas considerações, buscar informações sobre a categoria, publicar as nossas felicidades e conviver com os desafios, de ser professor na contemporaneidade, que afinal são muitos. Qual o valor do professor em uma sociedade utilitarista, consumista e desacreditada? São essas inquietações que iremos refletir e debater neste espaço, que afinal também é seu, professor.
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terça-feira, 8 de março de 2022
ARTIGO DE OPINIÃO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER
No dia 08 de março, “comemora-se” o Dia Internacional da Mulher,
mas não se sabe ao certo, a criação da data, assim eis uma versão bastante
circulada no Brasil e no mundo. A priori, a data foi escolhida para homenagear
mulheres incendiadas em uma fábrica na cidade de Nova Iorque, no ano de 1857, a
mando do patrão. Contudo, o dia foi realmente oficializado em 1910, na
Dinamarca, como “Dia Internacional da Mulher”. Versões à parte, esse dia é um
momento de reflexão, visto que a sociedade mundial ainda esconde resquício de
um passado paternalista e machista. À luz da reflexão, as mulheres conquistaram
uma gama de direitos, porém não conseguiram ainda a liberdade plena. Será que
as mulheres, de maneira geral, podem comemorar diante da atual conjuntura, em
que um número razoável, sofre opressão e agressão dentro do próprio lar?
Quantas ocupam cargos importantes no mundo atual? Em outras palavras, as
mulheres deram um passo valoroso em busca de seus direitos e muitas já estão
colhendo os frutos; no entanto, nos encontramos ainda distante do
reconhecimento da igualdade de direito. Outrossim, basta analisar o salário
ganho por uma mulher e um homem, se os mesmos ocupam cargos iguais. Certamente,
não é a intenção de este escritor passar uma imagem de imobilismo e que nada
muda no mundo, ao contrário, o propósito é trazer a problemática para o debate,
fazer com que muitos reflitam e conscientizem sobre a luta dessas batalhadoras
no passado e no presente, pela equidade perante o sexo oposto. Por outro lado,
como vivemos em um mundo Capitalista, provavelmente, tentarão tirar proveito, e
transformar a data em fonte de lucro; em síntese, a própria data esconde uma
visão machista e excludente, pois nos passa a impressão de que as mulheres só
podem contar com este dia, ficando os restantes para os homens. É lamentável,
quando programas de televisão colocam atrizes e pessoas públicas para
representar as mulheres brasileiras, deixando de fora as donas de casa,
obviamente, que muitas personagens importantes fazem parte da luta e devem sim,
serem homenageadas. Uma indagação, será que essas celebridades encontram as
mesmas dificuldades do que àquelas que vivem nos confins da Amazônia, Nordeste
e outras regiões brasileiras assoladas pela pobreza e pela fome, levando-as aos
trabalhos penosos para sustentar a família? Considerações finais:
Enquanto muitos vivem em um mundo idealista, usando a data para lucrar,
inúmeras Marias, Aparecidas e Joanas se sujeitam às barbáries das safras da
cana, nas fábricas de carvão, nas lavouras de sisal e nas salas de aulas, sem
contar as que estão vulneráveis à violência doméstica. Reflexão: O
dia das mulheres são todos os dias, independentemente de ser uma atriz, gari,
catadora de papelão ou professora, o reconhecimento deve ser global. E mais,
não podemos ser coniventes, construindo um idealismo propagandeado pela mídia
com mulheres requintadas e exuberantes, elas também fazem parte, mas não
podemos privilegiá-las em detrimento das outras. A princípio, a luta pela
equidade começou pela Joana, Maria, Aparecida, independente de cor, condições
socioeconômicas e beleza exterior. Feliz Dia das mulheres, ou Melhor, feliz
todos os dias do ano para todas as mulheres que não se deixam abater diante da
luta pela equidade, em um mundo de exclusão por gênero.
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