A priori, o título deste artigo é bastante ousado,
sobretudo, quando não se tem o poder de previsões futuristas, porquanto, devido
as evidências observadas, talves seria um desconforto sem precedentes para os
fanáticos das Redes Sociais. O teor deste artigo originou-se, quando no dia 03
de julho de 2019 as pessoas novamente enfrentaram problemas para baixar imagens
e vídeos no Facebook, Whatsapp e Messenger. Não é a primeira vez que o Whatsapp
deixou a sociedade a deriva, para alguns algo apocalíptico,entretanto um fato
despercebido por muitos. À luz da reflexão, as redes sociais independente dos
seus segmentos, oportunizam uma ampla comunicação, onde todos falam com todos”,
caracterizando uma verdadeira onda global da informação. No entanto, que tipo
de informação é disseminada nas ondas da internet? É sabido que o
desenvolvimento das tecnologias juntamente com o advento da escrita e a
comunicação, tirou os seres humanos das cavernas, colocando-os em um processo
evolutivo permanente até chegar aos dias atuais. No entanto, o uso das
tecnologias e a comunicação sem racionalidade e responsabilidade poderá nos
levar de volta para a caverna. Todavia, o que percebe-se, nas últimas décadas não
é o domínio das Redes Sociais pelos seres humanos, e sim o contrário, quando essas
plataformas estão escravizando a maioria das pessoas. Algo previsto pelo
estudioso e filósofo canadense Marshal
McLuhan (1911-1980), quando o mesmo afirmou que: “ [...] nós moldamos as nossas
ferramentas, e depois nossas ferramentas nos remoldam”. Em outras palavras,
em toda História da Humanidade as invenções humanas acabaram trazendo efeitos
colaterais, assim foi com a invenção do fogo, do carro (nos trouxe conforto,
porém, acabou promovendo o sedentarismo), e outras tecnologias. Assim, foi esse
domínio das plataformas digitais sobre boa parte das pessoas, que contribuiu
para uma cultura do desespero, outrossim, a sensação de dependência. Naturalmente
é óbvio, a falta que as redes sociais faz para as pessoas estão associadas ao
valor que essa tem na vida de cada um, ou seja, para alguns alívio, visto que muitos
Fake News deixarão de circularem causando transtornos em várias dimensões. Apesar
disso, as redes sociais citadas acima servem também como ferramentas de
trabalho além da simples comunicação, dessa forma, muitos tiveram prejuízos
astronômicos. Porquanto, tem outro grupo que não perdeu nada, ao contrário ganharam
mais tempo para promover um diálogo entre os membros da família, algo quase
raro na atual conjuntura, quando várias horas são desperdiçadas utilizando as
Redes Sociais. Considerações finais:
Discurso a parte, as Redes Sociais fazem parte da sociedade das Tecnologias da
Informação, não tem mais como desconstruir essa cultura planetária. Entretanto,
é preciso descontruir os execessos, sabe-se que a diferença entre o remédio e o
veneno é a dose. Notavelmente, essas ferramentas facilitaram a vida de muitas
pessoas, promovendo a sensação de conforto, porém, é necessário um ponto de
equilibrio, caso contrário ficar-se-á escravos das tecnologias, outrossim, de
mecanismos digitais, deixando de curtir tudo aquilo que é belo na vida real. Parafrasendo
a estudiosa Martha Gabriel, apontada pela Online Universities entre os 100
professores mais experts em tecnologia no mundo, toda tecnologia é tanto uma
benção como um fardo. Diga-se de passagem, as Redes Sociais na
Contemporaneidade está se transformando em um fardo para muita gente. Por outro
lado, a frase da estudiosa, nos faz refletir sobre: “Dominar as tecnologias ou
ser dominados por elas”? Uma dica é o autocontrole como já foi discorrido nesse
texto, existem várias alternativas para confrontar as tecnologias da informação,
acima de tudo das Redes Sociais, entre tantos existem os livros, jornais nos
seus múltiplos segmentos e um bom papo presencial com as pessoas. Que tal
pensarmos nisso antes de ficar lamentando?
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Cidade:
Hortolândia/SP.