Como
explicar o inexplicável, o aumento nos preços dos alimentos no Brasil? Essa
indagação levou-me a discorrer sobre essa temática através de uma interrogação.
À luz da reflexão, o IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou
alguns indicadores sobre a safra de 2015 nas categorias leguminosas, cereais e
oleaginosas. Constatou-se um recorde de produção: 209,5 milhões de toneladas,
acima 7,7% da safra de 2014; e, segundo estimativas do IBGE, para 2016
espera-se 210,7 milhões de toneladas. Partindo desse pressuposto, como explicar
o aumento dos preços dos alimentos nos supermercados? É o mesmo que tentar
explicar o inexplicável, além do mais, essa linha de raciocínio contraria uma das
regras do Capitalismo: “A lei da oferta e da procura”, ou seja, quanto mais um
produto circula no mercado consumidor, maior é a probabilidade do seu preço
sofrer queda. Na concepção do escocês Adam Smith (1723 – 1790), a economia é
movida por uma mão invisível do Capitalismo, assim, a riqueza das nações
resulta da atuação dos capitalistas movido pela ganância, fazendo com que a
produção aumente, objetivando o lucro. Dessa forma, existe uma sincronia entre
o aumento da produção, o lucro, a concorrência e a lei da oferta e da procura, em
outras palavras, a disputa pelo acréscimo da produção faz com que o excedente
de mercadorias circule pelos mercados, fazendo os preços diminuírem. Todavia, o
aumento dos preços dos alimentos no Brasil contrapõe, até mesmo, uma das leis
do Capitalismo que procura explicar sobre o que gera a riqueza das nações. Não obstante, terão aqueles economistas que
procurarão respostas no aumento dos preços dos combustíveis, outra ação
inexplicável, já que de acordo com o Governo Federal, somos autossuficientes em
petróleo e etanol. Considerações finais: Como explicar o inexplicável em torno do
aumento dos preços dos alimentos em um país de clima tropical e de grandes
extensões territoriais, propício para qualquer plantio de produtos agrícolas, em
que tudo que se planta colhe? É difícil, porém, com a corrupção que assola a
nação de norte a sul, só nos resta acreditar que isso é especulação e um
conluio entre a iniciativa privada e as esferas públicas, cujo intuito é o de
gerar riqueza para poucos, sobretudo, para os donos dos agronegócios e os
políticos que optaram pela via do favorecimento, gerando uma sincronia de
corrupção entre o público e particular. Enfim, é inexplicável o aumento dos
preços dos alimentos no Brasil, e se isso não bastasse, é perceptível observar o
nosso salário corroído pela inflação, sem falar que temos que conviver com
serviços públicos de qualidade duvidosa, como a educação, saúde e segurança
pública. O que mais nos restam? Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Bauru/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação Pedagógica (em
andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.
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Cidade: Hortolândia/SP.
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