Novamente,
o Brasil foi bombardeado com barbáries e genocídios em presídios, e mediante, a
essa mortandade de pessoas se faz necessário uma análise sistêmica sobre a
situação. Na verdade, a crise do sistema prisional brasileiro não é algo
germinado, recentemente, ao longo do tempo as cadeias foram recebendo presos de
todas as categorias criminais, e agora, a bolha estourou. À luz da reflexão,
para uma compreensão interdimensional do ocorrido é perceptível a articulação
entre essa ação a um conjunto de fatores, Político,
Social, Econômico, Cultural, e sobretudo, Judicial. Grosso modo, quando
está em questão os fatores Políticos,
os governantes no decorrer do tempo não elaboraram leis para reestruturar os
presídios, começando com investimentos materiais, educacionais e ocupacionais,
sobretudo, com o intuito de promover a recuperação destes indivíduos, seja pelo
trabalho, pela educação e pela ressocialização, diante desse descaso, esse
espaço passou a ser controlado por chefes de facções criminosas, que agem entro
e fora dos presídios. Na categoria fator
Social, encontra-se a desvalorização da educação formal por uma parte da
sociedade, um dos antídotos no combate ao crime, pois pessoas estudadas e (in)formadas,
são na maioria das vezes, elementos em potencial à procura de empregos, não
ficando vulneráveis às mazelas criminais. No fator econômico, não existe uma política que atenda aos desempregados,
além de uma política zero para muitos adolescentes que não estudam e não trabalham,
são os menores de 18 anos, presas fáceis para o crime. Na órbita cultural, podemos observar a construção do “jeitinho
brasileiro”, em que muitos querem se “dar bem na vida” sem trabalhar, levando
os indivíduos a acreditar que “o crime compensa” e o trabalho não, inclusive,
soma-se a isso a credibilidade da sensação de impunidade. Por último, a questão judicial, é sabido que a
justiça no Brasil tarda e falha nos julgamentos dos processos, além de manter
uma massa de detentos que já foi julgada, condenada e continua presa,
superlotando as cadeias. Devido a essa morosidade, negligência e descaso dos
responsáveis pela Justiça, muitos presos de menor periculosidade estão em
contatos com bandidos perigosos, aprendendo, assim, tudo sobre o crime. Considerações finais: Não é aqui, pretensão
de este escritor de artigo de opinião, justificar os crimes, e sim, fazer com
que tenhamos uma visão holística da complexa situação. Aliás, todos esses
fatores são elementos externos que contribuem para a crise prisional, porém existem
elementos intrínsecos que contribuem, diga-se de passagem, e muito para
direcionar as pessoas para o lado correto da vida, e dentre tantos, eis alguns:
Deus, Saúde, Família, Amor, Educação, Trabalho, e por fim, Fé e Foco. Logo, se
os elementos intrínsecos estão consolidados, e acima dos extrínsecos, o meio em
que vivemos não encontrará lacunas para se apropriar, outrossim, direcionando
as pessoas para as mazelas da sociedade.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs.
Pós-Graduado
em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela
UNESP- Presidente Prudente/SP e Pedagogo pela UNICID/SP. Curso de Coordenação
Pedagógica (em andamento) na UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
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