Na verdade, ao realizar uma
análise Sociológica, Histórica,
Econômica e Política sobre a Greve dos Caminhoneiros em nosso país, várias
considerações poderão ser discutidas. A priori, é de suma importância
ressaltar, sobretudo para os desenvolvedores das críticas sumárias e infundadas,
que este escritor de artigos de opinião não é contra os movimentos sociais em
todas as suas dimensões, ao contrário, defende uma sociedade engajada com a
Política como Ciência, elemento em potencial na busca de uma sociedade justa em
todas as categorias. Dessa forma, a Greve dos Caminhoneiros encaixa nessa
categoria, e seguindo a nossa linha de raciocínio, é preciso deixar de
conclusões parciais sobre a questão. Assim, ao traçar uma visão SOCIOLÓGICA ANALÍTICA, a sociedade
brasileira, ao longo dos anos, conviveu com os aumentos do combustível, e paralelamente,
deu aval e elegeu pessoas para ocupar cargos Políticos que, a bem da verdade,
nunca se preocuparam com o bem-estar da população em geral. Diante desse fato,
foi preciso chegar a esse ponto, e não nos esqueçamos que essas consequências
começam nas urnas, no momento em que a população através do seu voto, concede
poder para os governantes. Em contrapartida, agora, não se encontram os
responsáveis, e a sociedade bate no peito querendo soluções imediatas, pois os
seus carros estão nas garagens impedidos de desenvolver as suas ações, sejam
para o lazer ou trabalho. Não obstante, nos aspectos HISTÓRICOS, a sociedade brasileira (não que em outros países não
aconteçam) deixou de investir em fontes de energia renováveis, ficando
dependente dos combustíveis fósseis, atendendo as exigências dos donos do
Petróleo, outrossim, sem contar a dependência do Transporte Rodoviário quando
outros meios poderiam ser a solução, quem sabe os Oleodutos e os transportes Ferroviários.
Todavia, na dimensão ECONÔMICA, impera
na maioria da sociedade no Brasil, PARADIGMAS infundados de que POLÍTICA e ECONOMIA são categorias separadas, em outras palavras, o Mercado
não deve estar articulado com a POLÍTICA
(Governantes). Um pensamento errôneo, visto que a determinação dos preços e de
toda circulação no mercado precede-se da POLÍTICA. E a POLÍTICA, como fica nessa questão? Infelizmente, perdura ao longo
do tempo em nosso país, o ANALFABETO
POLÍTICO, aquele que diz “odeio Política”. Nesse sentido, acredita-se que a
Política é somente parte dos cargos políticos, isentando, com isso, a população
geral sobre a sua participação, seja na escolha dos candidatos, seja na
cobrança por meio das manifestações. Diga-se de passagem, os próprios POLÍTICOS
enquadram na categoria ANALFABETOS POLÍTICOS, pois os mesmos não formulam uma
Política de Estado, e sim uma política partidária, destruindo todos os benefícios
realizados pelos adversários políticos anteriores. Quem perde com tudo isso? A
população. Considerações finais: De
quem é a responsabilidade das Greves dos Caminhoneiros? Todos nós, pois
sociologicamente falando, sempre pagamos preços absurdos nos combustíveis, e
sempre elegemos as mesmas pessoas. Considerando a História, propagandeou e
propagandeia ainda fontes de energias limpas, no entanto, somos apaixonados
pelo petróleo, considerado o termômetro da economia mundial. Separamos a
Economia da Política, mas quem controla os salários, preços e outras categorias
são os Políticos. A propósito, reclamamos sobre o preço do combustível o tempo
todo, entretanto, quando os caminhoneiros resolvem fazer greve, ignoramos e
ficamos bravos porque não conseguimos abastecer os nossos carros. Logo, não somos todos analfabetos políticos...
como dizia o alemão Bertolt Brecht (1898-1958) em seu texto “O analfabeto
político? Segundo ele o Analfabeto Político não sabe que o custo de vida, o
preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas”. Acorda Brasil!!
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor Coordenador da Área de
Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos
de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura Plena em História. Pedagogo pela
UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em
Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP. Pós-Graduado em
Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos. Em
andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da Informação – UNICID/SP.
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Cidade: Hortolândia/SP.
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