Política é coisa
séria, pena que a maioria da sociedade não sabe disso. Ou será que não quer
saber? A explanação e construção do título deste artigo, foi após refletir
sobre a maneira que fazemos política em nosso país. Por consequência, a última
na política brasileira foi a nomeação do Senador Renan Calheiros para a
Presidência do Senado. Certamente, algo corriqueiro e normal, se o mesmo não
tivesse uma ficha comprometedora. Em outras palavras, Renan Calheiros é acusado
pela Procuradoria Geral da República de peculato (desvio de dinheiro público), provavelmente
originada de impostos pagos com suor de muitos brasileiros. Como um indivíduo com
uma acusação desta, consegue um cargo de extrema importância na política
brasileira? A princípio, essa questão é fácil, e nem precisa de ajuda de
especialistas ou dos universitários. Quem elege o Presidente do Senado são os
próprios Senadores, sendo assim, Renan Calheiros contou com 56 votos dos 78
Senadores, que a bem da verdade, são amigos ou alguém que deve algum favor ao
cacique de Alagoas. Obviamente, a ficha suja não é empecilho para aqueles que
têm amigos na política. Esses Senadores
que elegeram Renan Calheiros a Presidência do Senado, são os mesmos que nós colocamos
no poder, e muitos diziam em sua campanha que política é coisa séria. Contudo, ao
chegarem ao topo do poder, o discurso muda e escolhem os seus padrinhos,
compadres e amigos, ao invés de zelar pelas necessidades da nação.
Considerações finais: Muitos ao lerem este artigo poderão tirar conclusões
precipitadas sobre a política, comprometendo a sua credibilidade, não votando
ou anulando o seu voto. Não façam isso. Esta é a pior das hipóteses, pois, se
não escolhemos, alguém escolhe por nós, como fizeram na Ditadura Militar (1964-1985).
O ato de escolha é tão importante quanto ter o que comer na mesa, pois segundo
Bertolt Brecht (1898- 1956), não se pode ser analfabeto político, por que: “O
custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e
do remédio dependem das decisões políticas”. E mais, de acordo com o Barão de
Montesquieu (1689-1755), para combater o poder, somente outro poder, e cabe
aqui você exercer o seu poder de cidadão, analisando, criticando, ficando
atento para esses políticos, pois eles estarão de novo implorando pelo seu
voto. Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Cidade:
Hortolândia/SP.
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