A
priori, 1º de janeiro de 2019, dia da posse do 38º Presidente da República Jair Bolsonaro, que ficará marcado na
História, é um fato. No entanto, as marcas dos Presidentes da República não se
observam e se concretizam durante as Eleições, sobretudo nas Posses, pois cada
um fará o seu discurso e o seu show pirotécnico. À luz da reflexão, o povo
brasileiro almejava por mudanças nos aspectos políticos, sociais e econômicos
há anos. Partindo desse pressuposto, o novo Presidente da República trouxe
durante as campanhas eleitorais essa esperança, de viver em um país sem
corrupção, qualidade de vida, reconhecimento político entre outros benefícios
de um país que cuida do seu povo. Contudo, é de suma importância ter uma visão
sociológica/dialógica sobre as dimensões da Campanha Eleitoral, a Posse e o
Governo. Por que essa visão? No final deste artigo explicar-se-á mais sobre esse
fato. Agora, que tal uma retrospectiva sobre a esperança do povo brasileiro em
torno dos novos Presidentes da República, após a Ditadura Militar (1964-1985).
De acordo, com Historiadores e fontes históricas, o Brasil mergulhou em uma
Ditadura Militar de 1964-1985, quando os Presidentes da República eram
escolhidos pelo Colégio Eleitoral; em contrapartida, muitos brasileiros lutaram
e morreram para a redemocratização do país. Dessa forma, as esperanças de dias
melhores foram depositadas na Posse de Tancredo
Neves, no Ano de 1985;
entretanto, adoentado, o mesmo faleceu, assumindo a Presidência em seu lugar José Sarney, uma espécie de retrocesso da
Ditadura, com uma inflação galopante e o povo vendo perecer o seu salário.
Findado o Governo de Sarney, o salvador da Pátria seria no Ano de 1990, Fernando Collor
de Mello, um governante jovem e progressista, com discurso inflamado que
iria acabar com os Marajás, com a corrupção... enfim, a nação brasileira sairia
do atraso econômico, social e político. Porém, tal discurso durou somente 2 anos, logo descobriram falcatruas e
corrupções por parte do presidente, resultando no Impeachment, e assumindo o Vice-Presidente Itamar Franco. Novamente, as
esperanças de um Brasil melhor foram depositadas no Ano de 1994, no Presidente Fernando
Henrique Cardoso, um governo de tendência moderada, contudo sem avanços
significantes para o povo, outrossim, o país ficou na inércia, nem avançou nem
retrocedeu aos problemas anteriores. Ao término do Governo de FHC, observou-se o
povo brasileiro implorando por transformações, mudanças... pois o país se
configurava como uma nação desigual, com preços abusivos, o combustível com o valor
mais alto do mundo, salários, totalmente corroídos, etc. Diante desse cenário,
as teclas das Urnas direcionaram no Ano
de 2003 para o Presidente Lula,
um camarada da classe operária, que também, discorreu que colocaria o país no
eixo do desenvolvimento, com o slogan de que ajudaria os que mais precisavam e
muitos programas assistencialistas foram criados. Apesar disso, não ocorreram mudanças
profundas no país que atingissem toda a nação, mas Lula foi reeleito no Ano de 2006, governando até o Ano de 2011. Com o discurso de que 8 Anos eram insuficientes, o então
Presidente Lula apoiou Dilma Rousseff,
quando a mesma assumiu a Presidência no Ano
de 2011, governando por 4 Anos, se
reelegendo e sofrendo um Impeachment no
Ano de 2016. Um momento único, em
que se descobriu uma avalanche de corrupção, inclusive envolvendo o ex-presidente
Lula, Dilma Rousseff, inúmeros políticos e as maiores empresas brasileiras,
como a Petrobrás; com isso, vários políticos de altas patentes, foram para
prisão, inclusive o Ex-presidente Lula. Novamente, as esperanças se voltaram para
o Presidente Bolsonaro no Ano de 2019-Brasil acima de tudo, cuja população se encontra exausta da vasta corrupção,
de preços e impostos exorbitantes e dos salários defasados e corroídos. Considerações Finais: Não
necessariamente, a Posse do novo Presidente garantirá um bom Governo, porém é essencial
um basta nas mazelas que assolam o país e a população. Ressalta-se que uma
análise positiva e precoce sobre o novo Presidente seria ingenuidade, lembrando
que todos os ANTECESSORES de
Bolsonaro foram validados pela população, não obstante, vivenciamos evolução e/ou
desenvolvimento, ao contrário. Por outro lado, há de se oportunizar
transformações, trazer esperança para um povo que está cansado de pagar
impostos para acabar nas malas dos políticos corruptos, outrossim, dar um fim
no uso do dinheiro público para compra de bens particulares pelos políticos. É
urgentemente necessário, desconstruir a POLÍTICA
brasileira, em que os políticos transformaram o país numa casa de apostas e se converteram
em milionários, com o dinheiro do povo. A posse do Presidente Bolsonaro, outra vez, resulta na sensação
de que a esperança nunca morre, e as transformações são necessárias, senão
estaríamos voltando para o mundo das cavernas, situação presenciada em anos que
antecederam este novo governo. Conclusão, a esperança só poderá ser visualizada
durante o Novo Governo e no decorrer de todo o processo. Assim, para um povo
decepcionada há tanto, não custa confiar e esperar, daqui a 4 ANOS ou menos, colheremos os
resultados, positivos ou negativos... obviamente, almejamos o otimismo, sempre.
Enfim, boa sorte para todos nós.
Alberto Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Cidade:
Hortolândia/SP.
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