A
priori, a matéria deste artigo de opinião originou, a partir do acompanhamento,
da geração que está adentrando às salas de aula. Outrossim, algumas vezes com
um comportamento estranho e bizarro, para não dizer em muitas circunstâncias,
esdrúxulo e covarde. Na verdade, mais
uma vez a sociedade vivenciou nas diversas mídias, uma violência praticada para
com um Professor de Geografia, na cidade de São Paulo, em uma unidade de
educação pública municipal. Tal violência, cometida por um adolescente de 14
anos, ao invadir uma sala na qual ele nem era aluno, e desferir golpes de faca
no docente que, ali se encontrava, simplesmente, exercendo o seu ofício. Aliás,
essa é mais uma ação covarde entre múltiplos atos dessa envergadura, passando a
sensação de naturalidade, banalidade, e inclusive, justificada por parte de
pessoas desinformadas, a respeito do contexto escolar; diga-se de passagem, tem-se
tornado insustentável, nas últimas décadas. Infelizmente, está se transformando
em algo natural, sobretudo, com a falta de responsabilidade das FAMÍLIAS
(que responsabilizam os professores, devido a sua ausência na educação dos seus
filhos) e do ESTADO (quando fecha todas as possibilidades de valorização
da categoria). À luz da reflexão, que geração estamos construindo? Essa geração
é mesmo diferente, chegando ao ponto de naturalização desses atos covardes?
Não, com certeza não. Parafraseando o Filósofo alemão Karl Marx (1818-1883),
em que o estudioso afirmava [...] não é a consciência que determina a
existência, e sim a existência que determina a consciência. Em outras
palavras, é a sociedade que molda e propõe o processo de lapidação, ao surgir o
indivíduo no mundo, ou seja, é esta NOVA GERAÇÃO que deve adequar-se à
sociedade, e não a sociedade se curvar perante a ela. Quando esses adolescentes
nasceram existiam um mundo pronto, com regras, normas, direitos e
principalmente deveres. Naturalmente, aconteceu conosco, nascemos em uma
sociedade prontinha e tivemos que nos alinhar a ela, por meio do diálogo. E, se
não nos curvássemos perante tal sociedade? Seríamos nos responsabilizados pelos
nossos atos, somente nós, e não terceiros. Porventura, nos dias de hoje, os estudantes
não se ajustarem às regras da sociedade, o que ocorre? Nada, simplesmente
impera a impunidade, fazendo com que encorajem e continuem praticando a
violência. Considerações finais: Será que toda sociedade tem a geração
que merece? Enquanto fizermos com que a sociedade fique subordinado a esta
geração, estaremos justificando e naturalizando os seus atos, além do mais, coniventes
com a violência praticada por estes indivíduos sem limites. Obviamente, se faz
necessário rever a situação e refletir: É a sociedade que deve adequar a esta
geração que circula, atualmente, ou é esta geração que deve se alinhar à
sociedade? Dependendo da escolha, estaremos fadados ao aumento da violência. Enfim,
ouvir, constantemente nas múltiplas mídias, assuntos de violência praticada nas
escolas, como Suzano, Piracicaba, São Paulo etc., e tantos outros atos de
covardia contra os profissionais, que almejam, puramente, exercer o que sabem,
produzir conhecimento e transpô-los para libertar os indivíduos das amarras da
ignorância. Será que essa geração fará com que voltemos para as cavernas? ACORDA
BRASIL!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Cidade:
Hortolândia/SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário