É
difícil acreditar que no Brasil, em pleno século XXI, a fome é algo real,
sobretudo, se batemos o recorde de produção agrícola. No entanto, o mais
difícil é acreditar nos preços altíssimos dos alimentos, pois o nosso clima é
tropical, onde tudo que se planta, produz e colhe. As indagações referentes às
frases acima surgiram após apropriar de uma notícia veiculada na mídia com os
dizeres: “Alta de alimentos chega a 34% no ano”. O que faz um país com uma safra
recorde de 185 milhões de toneladas de grãos terem os alimentos mais caros do
planeta? São especulações? São as exportações influenciando na demanda interna?
Não podemos afirmar com propriedade sobre essas inquietações, porém, algumas
pessoas podem responder para a população, os Governos e os donos dos
Agronegócios, que veem seus negócios aumentando de forma astronômica. Por
conseguinte, o aumento nos preços de alimentos acarreta em fome crônica, visto
que em nosso país são poucos que ganham salários dignos para uma alimentação
farta e saudável. E mais, não é de hoje que a produção de alimentos, a fome e a
população incomoda alguns especialistas. A priori, buscar-se-á, uma
fundamentação na teoria de Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista inglês,
fundador de uma linha de pensamento conhecida como Malthusianismo, diga-se de passagem, um pretexto para justificar a
fome no século XIX. Segundo esse pensador, a população cresceria de forma
Geométrica, ou seja, 1, 5, 15, 300, e assim por diante, gerando descontrole
entre a oferta e a procura de alimentos. Por outro lado, a produção de
alimentos aumentaria de forma aritmética, sendo assim, a safra agrícola seria
computada em, 2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, 29, gerando em longo prazo, a
falta de alimentos para a população. Mal sabia Malthus que o avanço tecnológico
produziria alimentos vertiginosamente. Portanto, fazendo uma analogia com a
contemporaneidade, em especial o Brasil, podemos buscar resquícios na linha de
pensamento de Malthus para justificar a alta dos preços. Em outras palavras, se
observa aumento geométrico nos preços dos alimentos, gerando consequência
aritmética para o povo, a má distribuição devido à alta nos preços, acarretando
a fome. Considerações finais: No Capitalismo o principal objetivo é o lucro, e
para justificá-lo, todas as artimanhas são válidas, até contrariar a própria
lei que rege esse sistema, a lei da oferta e da procura, sem contar a inversão
da teoria de Tomas Malthus. Enquanto os nossos Governantes ficam procurando
respostas para tentar justificar a alta nos preços de alimento, estamos fadados
a considerar o pensamento de Tomas Malthus como verdadeiro. Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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