Ao
longo dos anos, utilizei deste espaço para tecer algumas considerações sobre o
Dia dos Professores comemorado no dia 15 de outubro e em alguns momentos
discorri sobre a genealogia da data, ou seja, como surgiu a ideia. Hoje, porém
focar-se-á sobre: Ser ou não ser professor na contemporaneidade, sobretudo, mediante
o contexto no qual vive a educação e esses profissionais, quando impera o
descaso? Antes de responder a essa inquietação é, profundamente relevante, conceber
o que é ser professor no século XXI. Ser professor no século XXI, não é nada
fácil, em outras palavras, é ter o dom de pegar os indivíduos com os seus
conhecimentos prévios e lapidá-los para que construam o seu caminho acadêmico,
além dos princípios e valores, imensamente significativos em uma sociedade
complexa e cada vez mais exigente. À luz da reflexão, atualmente, ser educador
no Brasil é figurar, resistir e permanecer com essa postura, para não se abater
pelo descaso dos políticos, a bem da verdade, querem cortar investimentos em
todas as dimensões educacionais. É conviver, com a falta de valorização por
parte de alguns integrantes da sociedade, que preferem escolher políticos
corruptos e que sugam os seus bolsos, ao invés de lutar para tirá-los do poder.
Na verdade, ser um docente na sociedade
hodierna é ter esperança que um dia a educação e os professores farão parte da
pauta de prioridades nos investimentos públicos. É ter esperança de uma
aposentadoria digna, não obstante as mudanças nas políticas públicas
previdenciária. Com essa esperança, cabe a indagação, citada acima, que gerou o
teor deste artigo: Ser ou não ser professor, eis a questão? Com certeza, ser
professor, é comemorar, mormente, se deparamos, nos vários caminhos da vida, com
alguém que diz: “Você fez a diferença de forma positiva na minha vida”.
Naturalmente, ser professor é compreender a nossa importância na formação
integral das crianças e dos adultos, afinal um país de letrados segue para o
caminho do desenvolvimento em todos as esferas. E por incrível que pareça,
durante a rotina, não reconhecemos quão precioso é o nosso papel na sociedade. Considerações finais: É óbvio, que não
conseguimos salvar todos, mesmo tentando arduamente, mas o maior presente de um
professor é saber que fez a diferença positivamente na vida de alguém. E mais,
qual profissão sente orgulho em saber que todos os demais profissionais têm que
passar pelas mãos dos professores. Professores, já pensaram nisso? Tudo isso
pode ser hipocrisia? Sim, pois necessitamos também de um salário digno para
colocar comida em nossos lares, porquanto, o menosprezo dos governantes não
tira o dom de ser o professor. A título de ilustração: Ser professor é,
conceber o sensacionalismo midiático em época de propaganda eleitoral, quando
educação passa a ser a prioridade dos candidatos. No entanto, quando passar a
data, tudo voltará ao normal, e muitos professores continuarão vítimas do
sistema e da sociedade. Valorizar alguém quando morre, é ótimo, mas valorizar
em vida isso não tem preço. Naturalmente, é o que conclamamos no momento,
reconhecimento e valorização. Ressaltando...quantos professores, ainda serão
vitimados, no desenvolvimento do seu ofício para serem lembrados pela nação? Um
questionamento bastante complexo em um país em que a educação formal não é
prioridade. Mesmo assim, amamos a nossa
profissão. Um Feliz Dia do Professor!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela
Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente
Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade
Federal de São Carlos. Em andamento: Curso Superior em Gestão de Tecnologia da
Informação – UNICID/SP.
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Cidade:
Hortolândia/SP.
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