A
priori, as nossas ideias, execuções e avaliações das situações cotidianas,
surgem do contexto na qual fazemos parte. Dessa forma, existe um diálogo entre o
eu racional com as ações do meio circundante (Empirismo). Assim, o meio tem o
poder de influenciar as pessoas (Empirismo do britânico John Locke - 1632-1704),
porém, a razão (Racionalismo do francês René Descartes – 1596-1650), tem
o poder de nos livrar do precipício. À luz da exemplificação, o discurso emitido
no parágrafo anterior está fundamentado em longos anos deste Professor na sala
de aula, assim como, escritor de artigos de opinião sobre a educação brasileira
e a crise sistêmica que essa Instituição de suma importância no desenvolvimento
do país vem sofrendo ao longo de décadas. A priori, houve-se um tempo em que a
Educação Básica estava alinhada com os Cursos Superiores, ou seja, os alunos concluíam
o Ensino Médio e realizavam os diversos Vestibulares ( é o caso deste PROFESSOR),
objetivando adentrar na Graduação, e
acreditem, sem benefícios através de cotas ou bolsas de estudos, outrossim, na
raça. Melhor dizendo, a escola básica pública dava subsídios aos estudantes nas
provas dos vestibulares. Ao longo das últimas décadas com mudanças estruturais
na Educação Básica, sobretudo, através das políticas públicas, (Universalização
das matrículas sem investimentos nas múltiplas dimensões nas unidades
educativas), congelamento do salário dos professores; descasos das famílias e
falta de interesses dos estudantes, a qualidade da educação formal entrou em
uma crise sistêmica, acima de tudo, afetando toda estrutura acadêmica comprometendo
o aprendizado, subsequente a qualidade dos cursos superiores e o
desenvolvimento do país em todos os aspectos. À luz da contemplação, boa parte
dos estudantes continuam adentrando os diversos cursos nas Universidades,
entretanto, essas instituições continuaram com a qualidade dos seus
vestibulares e os cursos acadêmicos? Uma pergunta um tanto complexa, porém, ANALISANDO
o público que está saindo da Universidade e assumindo o mercado de trabalho, se
faz necessário uma REFLEXÃO, pois ficam muitas lacunas para preencherem.
Prosseguindo com essa linha de raciocínio, muitas Universidades para garantir o
orçamento e pagar os funcionários, tiveram que adequar as suas provas e cursos
a realidade educacional pelo qual o país está passando. Como? Desculpem a
expressão, mas facilitando a entrada desses ex-alunos da Educação Básica na
graduação. DE QUE FORMA? com provas
fáceis e simplistas, ou seja, um processo de nivelamento por baixo,
justificando que tudo está bem, e que os alunos ao chegarem no vestibular estão
preparados pela Educação Básica. Considerações Finais: Uma verdadeira
crise sistêmica perpassando pela Educação Básica, Cursos Superiores e adentrando
o mercado de trabalho. Diante desse fato, não nos restam dúvidas estamos
presenciando uma crise sistêmica na Educação Brasileira em todas as
modalidades, comprometendo direta e indiretamente a vida das pessoas. Como?
Lembram do edifício Andrea em Fortaleza que desabou o dia 15/10/2019? Pois é,
como os engenheiros assinaram uma reforma daquela propositura nas pilastras que
sustentavam o prédio com moradores dentro? Quantos médicos cirurgiões estão
esquecendo ataduras dentro das pessoas após findar as cirurgias? Quantas
pessoas acreditam em políticos, dizendo que eles são inocentes e defendem a
população, entregando a sua confiança e voto? Não nos restam dúvidas, pura falha na educação
nas suas múltiplas modalidades e uma crise sistêmica (todo o sistema está
comprometido). Esse episódio, é somente um entre tantos protegidos pela mídia.
Somente quem está no chão da escola sabe disso. No entanto, quem perde com tudo
isso? Todos! Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de
São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura
Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da
Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas.
Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP.
Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São
Carlos.
Cidade:
Hortolândia/SP.
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