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sexta-feira, 19 de março de 2021

ARTIGO DE OPINIÃO: A PANDEMIA- COVID-19: A CONSTRUÇÃO DO NEGACIONISMO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR.

  

Durante boa parte do tempo, quando estava em questão quebrar paradigmas da educação formal, o discurso proferido pela maioria dos educadores e gestores, esteve alicerçado na frase: “As escolas precisam mudar, passar por transformações, deixar de lado um currículo petrificado há anos”. Inclusive, algumas literaturas investiram em discursos retroativos, comparando a escola com as Fábricas e as linhas de montagem. De repente, como em um passe de mágica, as unidades educativas precisaram se reinventar e dedicar ao trabalho remoto através das múltiplas tecnologias. Diante dessa lógica, poderíamos comemorar as transformações pela qual a escola tem passado, pois professores e alunos precisaram se reinventar durante a Covid-19? Não é bem o que parece, foram alguns meses em que a sociedade passou a tecer algumas críticas infundadas sobre o processo aprendizagem, dizendo que nada substituiria o aprendizado presencial. Por outro lado, durante o isolamento social, deparamos com pais e responsáveis discorrendo que preferem que os filhos reprovassem de série, perante a educação remota. Na verdade, concordar-se-á em partes com as linhas de raciocínios citadas acima. É óbvio que a modalidade presencial caracteriza como algumas particularidades que diferem do processo remoto. Mas discordo quando algumas falácias propagaram que a educação estaria perdida, que o ano foi em vão nos aspectos aprendizagem. Se levarmos em consideração a Educação formal (A ESCOLA), propagada durante séculos em que o professor trazia todo o conhecimento pronto para o estudante degustar, sim, esse tipo de ensino está com os dias contados. Em outras palavras, a escola, a sociedade e toda a equipe escolar são sujeitos históricos, dessa forma, as categorias sociais, políticas, econômicas e culturais perpetram em nossas mentes, fazendo com que acreditemos que existe somente uma via de aprendizagem, aquela em que o professor fala e do outro lado o aluno ouve e aprende. A Educação Remota, o Ensino Híbrido e outras modalidades, além das salas de aula presencial, exigem tanto dos professores como dos alunos, isto é, que sejam sujeitos dinâmicos, flexíveis, pesquisadores, desafiadores, autônomos, e principalmente educandos pesquisadores protagonistas, que não esperam as coisas prontas. Esse é o grande desafio para uma escola consolidada há séculos, em ofertar tudo pronto para os estudantes e esses esperavam o momento de ingerir conhecimento inquestionável. Tal qual a escola, a comunidade precisam de pessoas pensantes, proativos para lidar com as incertezas da sociedade contemporânea, as coisas não surgem prontas, muitas vezes é preciso construí-las através de novos conhecimentos. Esse é o grande desafio, e a Pandemia a Covid-19 nos mostrou quão somos ainda resistentes às mudanças educacionais, preferindo um modelo de escola que vai ao desencontro das demandas de uma sociedade interconectada, tecnológica e informacional. Naturalmente, que a falta de investimentos materiais e formação dos professores fez com que imperasse o descrédito na modalidade remota. É claro, a desigualdade social, separando os alunos com recursos tecnológicos daqueles mais carentes, fez com que optassem pelo ensino presencial. Não é aqui, a intenção em negar essa verdade inconcebível, mas trazer para o pensamento reflexível histórico. Parafraseando Albert Einstein (1879-1955): É perante a dificuldade que surge a oportunidade. Fazendo uma analogia também com a prensa de Gutemberg no século XV (quando aumentou o número de livros impressos), houve uma grande resistência, não da sociedade, visto que a maioria não tinha acesso à leitura e a escrita, mas dos Copistas, acreditando que perderiam os seus empregos. Entretanto, em meio às resistências, a Prensa Móvel (impressão de documentos) propiciou subsídios para proliferar a leitura para as classes menos favorecidas, e subsequente para novos adventos tecnológicos que avançaram até o momento presente. Trazendo toda essa reflexão para a sociedade atual, cuja tecnologia em suas múltiplas dimensões, irá adentrar no processo de conhecimento educacional, é de fundamental importância, pensarmos sobre isso. Considerações Finais: Cedo ou tarde, a Escola precisará passar por transformações e quanto mais se posterga essa ação, mais surgem dificuldades na quebra dos paradigmas educacionais. E mais, precisamos criar uma classe de pessoas para atender as demandas da sociedade vigente, formar cidadãos úteis. De acordo com o Historiador israelense, Harari (2018, p. 56): “Uma classe inútil pode surgir em 2050 devido não apenas à falta absoluta de emprego ou de educação adequada, mas também devido à falta de energia mental”. Reflexão: Não seria a Pandemia – Covid-19, um sinal para que os paradigmas educacionais petrificados durantes séculos, sejam repensados e passem por transformações?  

Alberto Alves Marques                                                 

Profissão: Professor Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de opinião para jornais e Blogs. Licenciatura Plena em História. Pedagogo pela UNICID/SP. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação – UNICID/SP. Pós-Graduado em História pela Unicamp- Campinas. Pós-Graduado em Educação Inclusiva pela UNESP- Presidente Prudente/SP. Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos.

Cidade: Hortolândia/SP.  

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