Não pretendo aqui
abordar uma aula de economia, e nem se eu quisesse não é a minha praia. Mas,
pelo pouco que estudei Adam Smith (1723-1790), escocês e pai da economia
moderna, fica difícil engolir os discursos sobre o aumento dos preços para
alguns produtos no mercado, em especial o nosso combustível. Como resultado, Smith
desenvolveu uma teoria que ajudou a alavancar o Capitalismo, propiciando a
teoria do Liberalismo Econômico. De acordo com essa linha de pensamento, o
Estado não deveria se intrometer, cabendo ao mercado sobreviver sozinho,
criando as suas próprias leis. Em outras palavras, é a lei da oferta e da
procura, ou seja, produtos em abundância, preço menor; produtos escassos, preço
maior. Após tecer alguns estudos sobre essa teoria e, ao parar em um posto de
combustível para colocar alguns dividendos de etanol ou gasolina, agucei a
minha reflexão (algo que muitos deveriam fazer). Se quando um produto está abarrotado
nas prateleiras o seu preço tende a cair, o mesmo deveria acontecer com os
nossos combustíveis, a oferta é astronômica, segundo os nossos governos. Grosso modo, é uma constante a nossa
Presidenta da República estufar os pulmões e pronunciar: “Somos autossuficiente
em petróleo, matéria-prima que produz a gasolina”. Por outro lado, não precisa
ser um especialista para saber que somos o maior produtor de etanol, e mais,
exportamos esse combustível. Então, qual a razão para o aumento do preço? Assim,
percebe-se que o aumento do Álcool combustível nos postos e da Gasolina, foge à
regra do sistema, diga-se de passagem, encaixa nas regras dos monopólios e da
especulação financeira, por parte dos donos do Capital. Quem está lucrando com
esse sistema? Antes de responder a
pergunta, temos que ter a concepção de uma das leis do Capitalismo, o lucro,
pois para obtê-lo, vale tudo. Considerações finais: Em nosso país não há uma
sintonia entre os discursos inflamados dos governantes e os donos do
Capitalismo. E sabe quem paga por isso? Nós, que a bem da verdade, pagamos os
maiores impostos do planeta com o menor salário mínimo, e mais, com o
combustível mais caro do globo. É mole? Somos autossuficientes em combustíveis,
ou são apenas discursos eleitoreiros? Acorda Brasil.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
Facebook: http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
ARTIGO DE OPINIÃO: AUSÊNCIA DO ESTADO NOS DIREITOS INALIENÁVEIS
De
quem é a responsabilidade pelo conforto do cidadão do ponto de vista social, principalmente
na erradicação da pobreza? Certamente, em se tratando do Brasil, essa função é
o Estado, sobretudo, pela quantidade de impostos pagos, e mais, sem uma devolutiva
para subsidiar a população abaixo da linha da pobreza. Em outras palavras, considera
miséria extrema, aquele que tem uma renda mensal de R$ 70, 00. Contudo, o que
causa estranhamento, é que 2,5 milhões de brasileiros fazem parte dessa
categoria, e em um país que tem o sexto maior PIB (Produto Interno Bruto). Por
que esses brasileiros ainda não foram cadastrados em programas sociais do
Governo, seja Federal, Estadual ou Municipal? Uma resposta pouca convincente
dada pelos órgãos representantes do Governo, foi a não localização dessas
pessoas para fazer o cadastramento. Por conseguinte, viver na extrema pobreza
fere a dignidade humana, além de afetar o desenvolvimento escolar, saúde e a
perspectiva de vida, levando uma maioria à inserção no crime. Ironia à parte, os
indivíduos responsáveis deveriam fazer um breve curso de Geografia e aprofundar
seus conhecimentos na Cartografia, pois basta olhar o mapa do Brasil, cruzar
dados com os impostos pagos pelos cidadãos e, com certeza encontrarão quem são
esses necessitados, diga-se de passagem, a maioria está no Norte e Nordeste. Depois
de todo esse ensejo, e muitas desculpas por partes do Estado (Governo), algumas
indagações são de suma importância? Qual é o papel do Estado como guardião da
sociedade? Por que esse não faz a parte que lhe cabe, pois dinheiro não falta? Antes de responder a essas inquietações, que
tal conhecer um pouco da origem do Estado. O Estado surgiu por volta do século
XIII, na Europa Ocidental, tinha como propósito levar ordem e conforto à
sociedade, pois imperava o caos entre os Homens, ou seja, lutavam todos contra
todos. Dentre as benfeitorias sociais, estava a saúde, a segurança, a educação,
entre outros. Porém, quem financiaria, ou melhor, de onde viria o dinheiro?
Para superar tal obstáculo, os soberanos e futuros governantes criaram os
impostos, para custear os direitos inalienáveis. A priori, é nesse momento que
surge os interesses particulares dos governantes em detrimento das necessidades
do povo, pois a máquina pública começou a lidar com muito dinheiro, despertando
a ganância. Assim, com o tempo, os administradores da coisa pública abandonaram
boa parte da educação pública, da saúde, da segurança, e se omitiram na
erradicação da pobreza, o resultado foi o caos, tal como conhecemos hoje.
Considerações finais: Em síntese, algo nos chama a atenção, pois para cobrar
impostos, o Governo encontra você em qualquer lugar, mesmo nas regiões inóspitas
do país, agora, se o Estado tem que ajudar, essas pessoas são transformadas em
invisíveis. Estranho, não? Se a invenção do Estado tinha como propósito resolver
as necessidades básicas, e se o próprio não cumpre com o seu papel, qual a
finalidade da sua existência? É uma resposta simples. O Estado, qual temos hoje
no Brasil, serve para proliferar a corrupção desde a esfera Federal, Estadual e
Municipal, deixando a pobreza extrema para o último plano. Sabe como? Faça uma visita à escola do seu
filho, ou melhor, visite uma Unidade Básica de Saúde, ou quem sabe, analisar os
assaltos ocorridos nas últimas semanas, sem contar os 2,5 milhões de
brasileiros que estão marginalizados à espera de um milagre. Boa Sorte, você
irá precisar!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
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Cidade:
Hortolândia/SP.
ARTIGO DE OPINIÃO: A INSERÇÃO DOS JOVENS NO CRIME.
Porque cada vez mais os jovens brasileiros estão entrando no crime, sendo violentos, destruindo vidas alheias, praticando crimes covardes, brutais e bárbaros? Sem dúvida, são algumas das indagações, após ler uma página policial em um jornal, periódico que circula na RMC (Região Metropolitana de Campinas). O que causa perplexidade são as idades dos envolvidos, entre 14 e 20 anos, ou seja, com toda a vida pela frente, praticam assaltos à mão armada, latrocínios seguido de morte, sequestros e outros crimes banais e brutais. Provavelmente, procuram-se respostas, e às vezes as especulações acabam trazendo uma visão simplista da realidade brasileira, o que não ajuda em nada. Por consequência, uma visão sociológica da sociedade fundamentará nossas ideias, compreendendo melhor os nossos jovens e a relação deles com os atos ilegais. Em outras palavras, é preciso retroceder à década de 90, quando foi elaborado o Estatuto da Criança e do Adolescente, outrossim, essa lei foi ótima para evitar atrocidades contra crianças e adolescente, entretanto, o discurso foi interpretado errado por uma sociedade que não queria assumir as suas responsabilidades, priorizando os direitos em detrimento dos deveres. A priori, essa faixa etária envolvida com crime, deveria ter passado por uma escola e pleitear um trabalho. Grosso modo, se esses jovens estivessem estudados e procurado um emprego os mesmos estariam roubando e matando? Não. Então, porque eles fizeram e fazem isso? Por que os responsáveis interpretaram a lei de forma equivocada, além de, uma maioria terceirizar a criação dos filhos. Segundo o ECA no Art. 60: “É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. Aprofundando, o Art. 63 diz: “A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular”. Em síntese, essas pessoas tiveram opções e oportunidades, ou melhor, os mesmos poderiam trabalhar e estudar, como este escritor fez durante vários anos, antes de ingressar na Universidade. Inquestionavelmente, não existe lei que proíbe o trabalho, o que existe são os excessos, os abusos, e os aproveitadores que criaram um discurso infundado de que é proibido trabalhar, para justificar o roubo e a matança. Essas mesmas pessoas encontraram uma Legislação favorável que transmite a sensação de impunidade, passando pra frente uma verdade inventada, proporcionando para maioria dos jovens só direitos, criando uma geração “do pode tudo”, sem limites. Considerações finais: Enquanto predominar o discurso infundado, a falta de vontade de muitas autoridades de resolver os problemas envolvendo jovens, fazendo com que se cumpra a lei ou criem Leis mais rigorosas, estaremos fadados a uma avalanche de jovens se voltando para o crime. Diga-se de passagem, a maioria das pessoas da época de este escritor trabalhou quando menor e estudava, acreditem ninguém morreu, ao contrário, aprendemos a dar valor na vida, a nossa e dos nossos semelhantes. Enquanto a lei não muda e, deixa a desejar, não se pode fazer dessa uma muleta. Acorda Brasil, antes que seja tarde de mais.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
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