De
acordo com uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo), entre os
universitários que estudam licenciatura nas áreas de Matemática e Física, a metade
não pretende desenvolver as suas Habilidades e Competências com alunos da
Educação Básica (Educação infantil, Fundamental e Médio). Nesse estudo
desenvolvido por essa Instituição, dos 512 estudantes (recém-ingressantes), 52%
que cursam Física não tem a intenção de enfrentar o contexto escolar, e na
Matemática, 48s% querem se ver longe da Escola. Em outras palavras, as salas de
aulas não estão atraindo os jovens universitários, dessa forma, é visível a
carência desses profissionais, prejudicando assim aqueles alunos que realmente
querem estudar e, um dia ocupar o lugar desses que hoje rejeitam as escolas.
Diga-se de passagem, a falta de docentes nessas áreas é apenas a ponta do
iceberg, e ao aprofundar na pesquisa, concebe-se ainda a carência de
professores de Geografia, Biologia, Filosofia, entre outras disciplinas.
Partindo desse pressuposto, o que causa a falta desses profissionais no mercado
de trabalho? Com certeza essa pergunta não precisa de pesquisa, basta passar um
bom tempo dentro de uma Instituição Educativa de Educação Básica para perceber
a desvalorização salarial e profissional. A bem da verdade, ser professor hoje
é sinônimo de muita coragem, e os que enfrentam essa empreitada, é porque gosta
do que faz, mesmo com um carga de desprezo. Para aqueles que têm a idade deste
escritor, basta lembrar que na década de 70 e 80, o salário de um professor se destacava
entre os três cursos superiores mais valorizados, Medicina, Engenharia e
Professor. Por conseguinte, atualmente e, sobretudo, no Brasil, que pra variar é
a 6ª potência econômica, esses profissionais não se encontram entre as dez profissões
com cursos superiores bem mais pagos, e mais, ao se aprofundar em uma
comparação, perde-se para as profissões de nível técnico, e dependendo, para alguns
empregos que exigem Ensino Médio completo. O que aconteceu com essa profissão, que
era uma das mais valorizadas em tempos passados, e na contemporaneidade se enquadra
nas mais rejeitadas? Evoco o filósofo Karl Marx (1818 – 1883) para aguçar a
nossa reflexão: “Não é a consciência que determina a existência, e sim a
existência que determina a consciência”. Considerações finais: Seguindo a linha
de pensamento desse filósofo francês, podemos tirar lições da sua frase, principalmente,
se está em questão à desvalorização dos professores. A existência, ou melhor, o
chão da sala de aula, com cargas estafantes, salários achatados, uma maioria de
alunos desinteressados, ameaças aos professores, são elementos determinantes
para mudar a consciência de quem ainda está nos bancos das Universidades. Reflexão:
Quem se encontra no comando não enxerga isso? Se enxergar, porque não faz nada?
Quem serão os professores do amanhã, ou melhor, do presente? Acorda Brasil!
Alberto Alves Marques
Profissão: Professor da Rede Pública do Estado de São
Paulo e Escritor de artigos de opinião.
Especialista em História pela Unicamp. Pós Graduação:
Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM, (Grupo de Estudos de Políticas
Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
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Cidade: Hortolândia/SP.
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