Grosso
modo, nos últimos dias, o Congresso Nacional foi bombardeado por todos os
lados, sobretudo, pelos diversos partidos políticos que discutiam sobre uma
eventual reforma na política brasileira. Dentre tantas mudanças solicitadas por
alguns partidos, dois itens se destacam: a diminuição do mandato do Executivo e
a transferência de dinheiro para financiar as campanhas políticas na época das
eleições. Em outras palavras, o Presidente da República teria uma Gestão de
quatro anos, enquanto o financiamento das campanhas iria direto para os
partidos e não mais para os candidatos, evitando lavagem de dinheiro e
campanhas superfaturadas. Todavia, antes de tecer algumas considerações sobre
essa medida, a meu ver, paliativa, é de grande valia conceber que em nosso país
não é uma reforma feita para acalmar os ânimos das manifestações nas ruas que transformarão
do dia para noite, a politicagem em política séria. Outro ponto que chama a
atenção é quão se utiliza o conceito de reforma para moralizar a Política
brasileira, ao contrário, poderia buscar um termo mais profundo, como REVOLUÇÃO.
Por consequência, reformas são remendos e em um futuro próximo, aquilo que foi
mudado poderá vir a ruir e absorver os resquícios do velho, ficando tudo do
jeito que estava, medidas assim são típicas da politicagem. Como resultado,
fica aqui, um bom exemplo: um mandato de um Executivo de quatro anos, talvez impossibilite
o mesmo de corrupção, porém, com a máquina pública nas mãos ele apoiará um candidato
que terá grande vantagem sobre os outros, podendo assim se eleger e dar
continuidade na gestão de corrupção do seu padrinho. Dessa forma, fazer doações
aos Partidos Políticos ao invés de doar dinheiro para os candidatos, só vai
mudar o lugar de receber o dinheiro, mas a distribuição poderá abranger a
todos. No entanto, uma Revolução política começa pela própria população, exercendo
o seu papel de povo soberano, exigindo, cobrando, repudiando e boicotando nas
urnas aqueles que querem adentrar na vida pública somente para alavancar o seu
patrimônio particular. Considerações finais: Etimologicamente falando, o termo
Política surgiu na Grécia Antiga, portanto, ao contrário do que muitos pensam,
essa forma de organização da população, não foi inventada de cima para baixo,
pelos donos do poder ou pelos Reis, e sim, pelas massas, quando essas diante
das péssimas condições de vida e do autoritarismo resolveram reunir-se na Polis
(cidade) para exigir que os donos do poder dividissem-no com toda a nação.
Revolução é isso, quando as ações de cima (donos do poder) são questionadas
pelas de baixo (as massas) e se articulam de forma dialética. Agora, o que está
acontecendo no Brasil é uma Revolução ou uma maioria de Revoltados sem causa?
Você decide. Acorda Brasil!!!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
albertomarques1104@hotmail.com
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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