Este
artigo tem como propósito tecer algumas considerações sobre uma ação do Governo
brasileiro, a importação de médicos. Em outras palavras, oportunizar que
médicos estrangeiros possam desenvolver as suas funções acadêmicas em solo nacional.
Diga-se de passagem, uma medida complicada, levando vários médicos às ruas com
o intuito de barrar essa medida. A priori, o que faz o Governo de um país
importar mão de obra qualificada, sabendo que essa decisão acarretará em
desemprego nacional? É uma inquietação bastante complexa, pois a saúde pública
é de responsabilidade do governo Federal, basta consultar o Art. 196 da
Constituição, na Seção da Saúde, que explana o seguinte: “A saúde é direito de
todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Legalmente falando, o Governo Federal está fazendo a sua parte, pois a falta de
médicos é de responsabilidade dele. No entanto, socialmente falando podemos
indagar: Se houvesse valorização e investimento na Educação Básica, sobretudo, na
pública, não teríamos matéria prima para abastecer as Universidades de Medicina
e atender a demanda? Novamente uma questão complexa, entretanto, buscar-se-á
uma fundamentação teórica, no Filósofo do Século XVIII, Rousseau (1712 -1778).
Segundo esse intelectual: “Se as nossas Ciências são inúteis no objeto que se
propõe, são ainda mais perigosas pelos efeitos que produzem”. Certamente, o que
está ocorrendo no campo da medicina é reflexo da má qualidade da Educação
Formal (Ciência), ou seja, elas estão sendo inúteis para fazer o “feedback”
para a sociedade, ou melhor, não está fazendo uma devolutiva no quesito
profissionais qualificados, e mais, daqui a algum tempo não estaremos importando
somente médicos, de fato outros profissionais também, isso se chama produção de
efeitos perigosos causados pela qualidade da Educação Básica em nosso país.
Considerações finais: A educação é a única ação capaz de transformar as pessoas
e o mundo ao seu redor. Em outras palavras, só deixaremos de importar
profissionais qualificados, no momento em que a sociedade brasileira e,
principalmente, o Governo, pararem de discursar que investimento em educação
formal é gasto público. Inquestionavelmente, ejetar dinheiro na Educação, desde
a Base até o Superior, é investimento, como resultado teremos mais médicos,
engenheiros, advogados, professores, entre outros profissionais que alavancará
esse país como uma potência mundial na qualidade de vida. Acorda Brasil!
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato:
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Hortolândia/SP.
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