Qual
a função da mídia na sociedade contemporânea? Ser imparcial diante de um fato, analisando
os dois lados da história. Conhecedor de boa parte da rotina do contexto escolar
como professor há alguns anos e de trabalhar com análise do discurso, é fácil concluir
que o modo como um fato é noticiado pode determinar culpados. Toda essa ementa,
foi após observar uma matéria sobre um conflito (vandalismo) entre alunos em uma
escola Estadual em Paulínia, veiculada pela EPTV/Campinas, emissora respeitada
nacionalmente, que, a meu ver, deixou de lado a imparcialidade ao narrar o
fato. Então, deixo neste momento minha indignação pela maneira como propagaram
a notícia sobre o ato de violência ocorrido em sala de aula nessa cidade,
transparecendo que a culpa é do professor. A priori, para emitir juízo de valor
a respeito de algo, se faz necessário conhecer a realidade da qual se pretende emitir
opinião; contudo, para conhecer, é preciso fazer parte de tal realidade. Será
que intenção da mídia é narrar o acontecimento ou direcionar para que o
professor seja punido, como se fosse o responsável pela falta de limites e
educação da atual geração? Ainda bem, que existem pessoas sensatas que ao serem
entrevistadas expressam com coerência o perfil desta geração, expressando
ainda, que o professor, inclusive, corre perigo ao separar brigas de alunos em
escola. Todavia, até onde se sabe, nas Universidades e Faculdades, o professor
é preparado para ministrar aulas, produzir conhecimentos relacionados com o
Patrimônio Histórico da Humanidade (Ciência) e não ser árbitro em luta
corporal, por outro lado, a escola é o local da produção do conhecimento
sistematizado, e não palco de violência. A intenção deste escritor não é
advogar em nome dos envolvidos, mas apenas esclarecer que a mídia deve ser um órgão
responsável na imparcialidade, pois é um veículo de comunicação com o poder de formar
opinião, portanto, é de fundamental importância ouvir os dois lados, para
assim, emitir um juízo de valor, caso contrário, transforma-se em puro
sensacionalismo, algo corriqueiro, quando está em questão denegrir a imagem das
escolas e dos professores. Considerações finais: Como formadora de opinião, a
Televisão, deveria noticiar com o máximo de imparcialidade possível e, evidenciando
como a escola está sendo sucateada pela violência, e acredite, não é por
professores, a bem da verdade, esses são vítimas. E assim, em parceria com a
escola, direcionar a sociedade para as mazelas que estão adentrando nesse
espaço e desvirtuando-a do seu objetivo maior, como dito anteriormente, a
produção do conhecimento. Dessa forma, e do modo, como foi propagandeado,
(maneira como uma notícia vira discurso ideológico) o professor será punido
duas vezes, na sala de aula pela falta de limites de muitos alunos, e pela
mídia, que limita em passar a realidade das escolas.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
Blog: http://blogdoalbertoprofessoremrede.blogspot.com.br
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Cidade:
Hortolândia/SP.
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