Sem
dúvida, nos últimos anos, houve um aumento vertiginoso nas matrículas de
crianças e adolescentes na Educação Básica, etapa que vai da Educação infantil até
o Ensino Médio. Certamente, essa ação está relacionada com a política de
Universalização e Inclusão dos governantes, colocando todos dentro das escolas
em tempo certo, ou seja, faixa etária paralela à série. A priori, é uma medida
bastante inovadora, pois se pressupõe que todos estão dentro das unidades
escolares estudando e, almejando um futuro promissor. Porquanto, quando se faz
uma análise detalhada, a situação nos remete a algumas indagações. Os alunos
que estão fazendo parte dessa Universalização e Inclusão estarão dispostos a
aprender? Uma grande parcela, com certeza não. É possível universalizar e
incluir sem comprometer a qualidade da educação formal em nosso país? Em outras
palavras, o simples fato de matricular as crianças e adolescentes em uma
Unidade Escolar significa aprendizagem? As escolas estão preparadas para a
universalização e a inclusão? Tantas perguntas e poucas respostas e soluções.
Portanto, o que presenciamos na maioria das escolas, é que só existem
universalização e inclusão em números, digam-se de passagem, todos os
estudantes estão cumprindo as suas horas de aulas, mas uma maioria está ocupando
aquele espaço obrigado, sem realmente estarem preparados para buscar informação
e conhecimento, contrariando tudo e todos, com indisciplinas, agressões
verbais, postura e ações inadequadas para um ambiente educativo e humano. E
sabe de quem é a culpa? Dos professores, que fizeram longos anos de
Universidades, caríssimas ou ralaram para passarem nos Vestibulares das
Universidades Públicas (pois a maioria não teve a sorte de contar com bolsas do
governo) e Especializações, para ficarem de babás para uma parcela de alunos indisciplinado
e rebelde. É provável que muitos acreditem, estão certos. Isso é
Universalização da informação e do conhecimento? Inserir todos em idade certa
dentro das escolas é somente a ponta do iceberg, Universalização e Inclusão vem
acompanhada de Integração das Famílias e Sociedade, assumindo as
responsabilidades que lhes cabem. Como resultado, Inclusão rima com valorização.
De quem? Dos docentes, que estão assumindo um fardo enorme e não são
reconhecidos. Considerações finais: Escola e Família são duas Instituições que devem
funcionar em parceria, e não uma fazendo a parte da outra. Universalização e
Inclusão, sem valorização e participação, significa degradação da educação.
Reflexão: Se todos os envolvidos com as crianças e adolescentes fizessem a sua
parte, estaríamos universalizando qualidade, e não brigas, xingamentos,
agressões dentro das escolas e baixos índices educacionais, como a mídia vêm
divulgando nos últimos anos, e mais, culpando somente professores, isentando os
alunos dos seus atos.
Alberto
Alves Marques
Profissão:
Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo e Escritor de artigos de
opinião.
Especialista
em História pela Unicamp. Pós Graduação: Gestão Escolar e Fundador do GEPEPM,
(Grupo de Estudos de Políticas Educacionais na Pós Modernidade).
Contato: albertomarques1104@hotmail.com
Twitter: https://twitter.com/albertomarques3
Facebook: http://www.facebook.com/home.php
Cidade:
Hortolândia/SP.
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