Em
suma, quando Charles Darwin (1809-1882) criou a teoria “A origem das espécies”
no ano de 1859, concebendo a evolução dos seres vivos, a sociedade da época
recebeu a notícia com espanto e descrédito. Por quê? Porque existia um
conhecimento consolidado pela religião católica e, de repente, uma nova teoria que
colocava em cheque o criacionismo não era bem vista, pois segundo esta teoria,
as coisas nasciam prontas e nada evoluíam. Em outras palavras, a intenção aqui
não é colocar no tribunal o evolucionismo e criacionismo e, sim refletir sobre
o uso do cérebro e o conhecimento na atualidade. A priori, existem várias
teorias sobre a produção do conhecimento, porém, todas elas estão em comum
acordo, o conhecimento desenvolve a partir da relação entre o sujeito e o seu
objeto de estudo. Como resultado, a evolução do cérebro está relacionada com as
ações dos sujeitos, ou seja, quanto mais, utilizam-se os neurônios com ações
complexas, melhor será o processamento e desenvolvimento intelectual do
indivíduo. Por conseguinte, uma das complexidades da humanidade, foi a
descoberta do fogo e o cozimento de alimentos pelos nossos ancestrais, uma
atividade simples pra nós hoje e, complicado para o contexto da época. Diga-se
de passagem, cozinhar alimentos tirou os seres humanos do estágio natural e
colocou-o no cultural e intelectual, descobrindo outras atividades, até chegar aonde
chegou. Após todo esse ensejo, algumas indagações nos inquietam: se o
desenvolvimento de ações complexas contribui para a evolução de cérebro e do
conhecimento, como a geração de hoje encara tais situações, se os mesmos
procuram coisas fáceis para fazer? Diante de uma situação problema, muitos
escolhem o caminho mais fácil, porém, não o correto e o certo. Estamos vivendo
em um tempo em que a maioria busca as coisas simples e sem esforços, colaborando,
assim para que o raciocínio desses indivíduos não desenvolva, o resultado é a preguiça
cerebral; de acordo com uma maioria dessa geração, o melhor é absorver as
coisas prontas ao invés de agir, fazer e construir. Um exemplo claro é quando adentramos
nas escolas em nosso país, principalmente nas públicas, em que uma parcela
razoável prefere o caminho mais curto, inseguro, comprometedor e errado, ao
invés de utilizar os neurônios para produzir o seu próprio conhecimento ou algo
novo. Considerações finais: A sociedade contemporânea está passando por um
momento especial, percebemos um número de pessoas que prefere o simplismo, o
reducionismo, ou seja, quanto mais fácil melhor. Seguindo essa linha de
pensamento, faz-se o caminho inverso, isto é, de volta para a caverna, à
devolução, entretanto, isso é lamentável, pois trilhamos muitos caminhos para
chegar até aqui. Segundo o Filosofo, Kant, (1724-1804): “Não tenho necessidade
de pensar, quando posso simplesmente pagar, [...]”. A título de ilustração,
parece que Kant escreveu para a sociedade atual, sobretudo, quando a preguiça,
a alienação e o comodismo transformam o Homem em menoridade, atrofiando o
amadurecimento e, consequentemente o cérebro. Lamentavelmente, Darwin estava
certo, quanto mais usamos os nossos membros para adaptar à natureza, melhor
eles serão, e o cérebro é um deles. Seguindo essa linha de pensamento, e
analisando a sociedade da qual fazemos parte, estamos fadados ao regresso?
Este é o espaço para você tecer algumas considerações, buscar informações sobre a categoria, publicar as nossas felicidades e conviver com os desafios, de ser professor na contemporaneidade, que afinal são muitos. Qual o valor do professor em uma sociedade utilitarista, consumista e desacreditada? São essas inquietações que iremos refletir e debater neste espaço, que afinal também é seu, professor.
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