O
tema deste artigo foi pensado, a partir do momento, que deparei com uma notícia
bombástica na mídia jornalística e eletrônica, expressando as seguintes
palavras: “Menos de um terço lê e interpreta adequadamente”. Diga-se de
passagem, os dados, foram divulgados no portal QEdu, pesquisa elaborada pela
Fundação Lemann e a Stardup Meritt Informação Educacional, fundamentado na
Prova Brasil de 2011. A população da RMC (Região Metropolitana de Campinas), no
ensino fundamental é de aproximadamente 32 mil crianças, entretanto, desse
número, somente 32% estão aptos nas Competências e Habilidades leitoras e
escritoras, exigências da Proposta Curricular do Estado de São Paulo implantado
em 2008. São inquestionáveis esses dados, sobretudo, ao se observar que todos
estão dentro das salas de aula, através da universalização, programas de
inclusão dos governantes implantado na década de 90. Contudo, antes de
prosseguir tecendo considerações sobre o fato, que é extremamente importante,
alguns já devem estar indagando: Qual a relação entre a educação formal e o
“Ponto de Mutação”? A priori, a intenção aqui foi articular as questões
ambientais com a educação pública em nosso país, ou seja, degradação ambiental
e escolas, principalmente, as públicas estão caminhando para o mesmo abismo.
Portanto, busquei embasamento teórico no livro e filme “O Ponto de Mutação”, de
Fritjoj Capra. Grosso modo, a temática desse autor está relacionada ao que os
seres humanos fizeram com o planeta e continuam fazendo. Por consequência, o
autor trabalha com duas linhas de pensamento: Não tem como arrumar as atrocidades
que fizeram com o planeta e o Ponto de Mutação chegou, ou mudamos ou mudamos,
caso queiramos um planeta para as próximas gerações. Fazendo uma analogia com a
educação formal em nosso país, estamos colhendo as políticas educacionais mal
sucedidas implantadas desde a década de 90, tais como a Progressão Continuada,
quando ocorreu uma interpretação equivocada ao transformá-la em uma aprovação
automática. Com isso, muitos estudantes não adquirem conhecimentos sólidos,
trazendo resultados péssimos nas avaliações externas, como a Prova Brasil, que
trouxe subsídios para deixar quase 60% dos alunos do ensino fundamental em
nível deplorável. A princípio, o Ponto de Mutação é agora, ou fazemos algo, ou
estaremos fadados ao retrocesso como está acontecendo com o meio ambiente.
Considerações finais: Sabe quanto custa 60% de alunos com uma formação precária
saindo do Ensino Fundamental? Com certeza influenciarão no Ensino Médio e subsequente
nos cursos superiores, colocando no mercado de trabalho profissionais
comprometedores. Agora, lhes faço uma indagação: como está a qualidade da
maioria dos enfermeiros, médicos, advogados, professores, engenheiros que estão
saindo das academias? Reflexão: Estamos cansados de exposição de dados
negativos sobre a educação, essa tragédia anunciada, já foi cogitada por muitos
professores. Não está na hora de deixar de idealismo para com a educação e
partir para a realidade com medidas concretas? Chega de dados, necessitamos com
urgência de soluções. Acorda Brasil!
Este é o espaço para você tecer algumas considerações, buscar informações sobre a categoria, publicar as nossas felicidades e conviver com os desafios, de ser professor na contemporaneidade, que afinal são muitos. Qual o valor do professor em uma sociedade utilitarista, consumista e desacreditada? São essas inquietações que iremos refletir e debater neste espaço, que afinal também é seu, professor.
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Muito bom artigo Alberto, só o esclarecimento nos proporciona a compreensão deste tema tão complexo com a educação.
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