A título de
ilustração, a maioria das pessoas fala da data, partindo do momento comemorativo
e histórico, esquecendo a realidade vivida por esses profissionais, que na
contemporaneidade está sendo responsabilizado por todas as mazelas que a
sociedade produziu. Inclusive, ao longo do tempo o próprio nome da categoria foi
sofrendo transformações e, diga-se de passagem, rotulou de educador. Mas afinal,
no dia 15 de outubro devemos lembrar e comemorar o Dia do Professor ou do
educador? Confesso que é um questionamento complexo, visto que por um lado, ao
produzir conhecimento se educa para o mundo e, por outro, esse conceito de
educador solto e sem contextualização transfere a responsabilidade de educar
para a escola, aliás, deveria ser também de outra instituição, a família. A
priori, o discurso foi uma forma de reduzir ao simplismo o papel do professor,
que se perde diante de tantas funções na atualidade, em especial os das escolas
públicas em nosso país. Professor, etimologicamente falando, já existia quando
os cristãos professavam a sua fé, nas primeiras décadas do nascimento de Cristo,
entretanto, a palavra é de origem latina, profiteri, significando fateri (confessar), colocando o prefixo
pro, temos aquele que declara
conhecimento em uma determinada área e transmite (no sentido cientifico,
construtivo) para outro. Por outro lado, o termo educador emana do radical
latino educatore, ou seja, aquele
que educa, cuida, ensina valores, resumindo, as pessoas que deveriam fazer isso
seriam aquelas que nutrem os indivíduos desde os primeiros dias de vida, não que
a escola deverá abster dessa responsabilidade, mas buscar o verdadeiro sentido
da categoria professor. Na verdade, não existe a categoria educador, ou melhor,
ninguém faz concursos públicos para educador e, sim para professores, como
também, os fazem advogados, engenheiros, médicos, psicólogos, entre outras
categorias que não tem subcategorias. Considerações finais: Como já havia
explanado a temática em artigos anteriores e, assim evitar que o texto fique
repetitivo, achei inconveniente abordar neste artigo a origem da data; e, como,
quando e onde começou o dia do professor. Não que isso não seja importante,
porém, trilhando sobre essas considerações, muitos já devem estar tecendo
julgamento sumário com relação às poucas linhas deste escritor, sobre: Então não
devemos comemorar? Se bem que a questão não é a comemoração, pois cada um tem a
sua visão de mundo imbuída de subjetividade, como afirma Fernando Pessoa: “Tudo
em nós é o ponto onde estamos”. No entanto, a questão necessita de uma reflexão
filosófica: nas condições em que vive a maioria dos professores na atualidade,
vislumbram-se motivos para comemoração? E mais, comemoramos como professor ou
educador? Mudando o nome da categoria de Professor para Educador, não é uma
forma de terceirizar as responsabilidades da educação somente para esses
profissionais, e isentar outras instituições? Feliz Dia do Professor ou do
Educador? Você decide! Ou a sociedade decide?
Este é o espaço para você tecer algumas considerações, buscar informações sobre a categoria, publicar as nossas felicidades e conviver com os desafios, de ser professor na contemporaneidade, que afinal são muitos. Qual o valor do professor em uma sociedade utilitarista, consumista e desacreditada? São essas inquietações que iremos refletir e debater neste espaço, que afinal também é seu, professor.
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